A mulher solteira e o câncer

As pessoas solteiras que têm câncer, geralmente, têm as mesmas preocupações físicas, psicológicas, espirituais e financeiras que as que são casadas ou que estão em um relacionamento. Entretanto, para as pessoas solteiras, essas questões podem ser mais estressantes e passar pelo tratamento pode ser mais difícil em alguns aspectos. As pessoas solteiras ao receber o diagnóstico de câncer têm várias necessidades que outras pessoas podem não ter, como, por exemplo:

  • Elas podem morar sozinhas, ter filhos e ter menos apoio em casa.
  • Podem viver longe da família e dos amigos.
  • Elas podem estar namorando ou pensando em voltar a namorar. Isso pode fazer com que se preocupem com a reação de um futuro parceiro quando souberem que, em função da doença uma parte do corpo foi removida, ou se existem problemas de fertilidade.
  • Pode ser mais difícil lidar com as demandas do tratamento, como se precisarem de folga do trabalho, carona para as consultas, cuidado com as crianças ou ajuda em casa.
  • Elas geralmente têm apenas uma fonte de renda.
  • Elas podem ter ficado solteiras recentemente.

Especialistas em relacionamento sugerem que as pessoas que tiveram câncer não devem ter mais problemas para iniciar um relacionamento comparando com aquelas que não tiveram câncer. No entanto, estudos mostraram que as pessoas que tiveram câncer na infância ou na adolescência podem se sentir ansiosos para namorar e ao enfrentar determinadas situações sociais se tiveram atividades sociais limitadas durante a doença e o tratamento. Para os pacientes que tiveram ou têm câncer quando adultos, uma experiência pessoal ou familiar com o câncer pode afetar a possível reação do parceiro ao ouvir seu relato sobre a doença. Por exemplo, uma viúva ou uma pessoa divorciada cujo ex-parceiro teve um histórico de câncer pode ter uma reação diferente de alguém que não teve a mesma experiência.
 
          Preocupações frequentes
 
Estudos mostraram que mulheres solteiras que tiveram câncer estão mais preocupadas com:

  • Contar a um possível parceiro sobre seu histórico de câncer.
  • Não ter uma boa imagem corporal ou sentir-se pouco atraente porque sua aparência mudou.
  • Problemas físicos, como fadiga, dor ou neuropatia, ou problemas que possam afetar a função sexual, o funcionamento do intestino e da bexiga, ou a forma de andar ou falar.
  • Não ser mais fértil e a saúde dos futuros filhos.
  • Acreditar que poucas pessoas vão querer sua companhia.
  • Medo de começar um relacionamento com medo de recidiva da doença.
  • Sentir-se desconfortável ao tirar a roupa, deixar alguém tocar em suas cicatrizes ou fazer sexo
  • Sentir a necessidade de agir rapidamente em um relacionamento porque não quer "perder tempo".

          Quando começar a namorar
 
Decidir quando começar a namorar após o diagnóstico de câncer é uma decisão pessoal. Algumas pessoas pensam que o namoro fará com que se sintam mais normais e que sair ajudará a manter a mente longe dos problemas relacionados a doença.
 
Estudos mostram que algumas pessoas têm dificuldade em iniciar um novo relacionamento ou mesmo começar a namorar durante o tratamento. Se você está se recuperando de uma cirurgia, recebendo tratamentos regulares ou em ciclos, ou lidando com os efeitos colaterais de medicamentos, pode ser difícil ser você mesma em um encontro. A aparência pode ter mudado ou o nível de energia pode estar mais baixo. Além de ter responsabilidades domésticas e familiares, você também pode ter compromissos extras que consomem parte do tempo pessoal. Por essas razões, muitas pessoas com câncer preferem aguardar até o término do tratamento ou até que se recuperem antes de iniciar um novo relacionamento.
 
          Quando falar sobre o câncer
 
É sempre uma decisão delicada o momento de contar para seu parceiro sobre seu câncer. Idealmente, um casal deve discutir a doença quando o relacionamento começa a ficar sério.
 
          Como começar
 
Tente falar quando estiverem relaxados e num clima favorável. Pergunte ao seu parceiro uma questão que deixe espaço para muitas respostas. Uma pergunta que lhes dá a chance de considerar as novas informações e respostas. Isso também ajuda a ver como seu parceiro recebe a notícia.
 
Uma maneira é apenas mencionar, seguida de uma pergunta. "Eu realmente gosto onde nosso relacionamento está indo, e preciso que você saiba que tive câncer. Como você acha que isso pode afetar nossa relação?"
 
Você também pode revelar seus sentimentos: "eu tinha câncer de ..... há ..... anos. Acho que não quero falar disso porque tenho medo de que termine nossa relação. Também me assusta lembrar disso, mas preciso que saiba sobre minha doença.  O que você pensa e sente sobre eu ter tido câncer?”
 
Se você tiver uma ostomia, cicatrizes genitais ou um problema sexual, você pode estar mais preocupada em como falar sobre o câncer. Não há nenhuma regra e, muitas vezes, é melhor esperar até que você sinta confiança e cumplicidade de seu parceiro antes de compartilhar essas informações pessoais.
 
          Possibilidade de rejeição
 
A realidade é que você pode ser rejeitada por causa do seu câncer ou devido ao tratamento da doença. Claro, quase todo mundo é rejeitado alguma vez. É importante lembrar que, mesmo sem câncer, as pessoas rejeitam as outras devido a seus próprios problemas, crenças e personalidade.
 
A triste verdade é que algumas pessoas que tiveram ou têm câncer se limitam a não entrar em relacionamentos. Em vez de se concentrar em seus pontos positivos, elas se convencem de que nenhum parceiro iria aceitá-los por causa da doença ou dos efeitos colaterais do tratamento. Você pode evitar ser rejeitado ao ficar em casa, mas você também perde a chance de construir um relacionamento feliz e saudável.
 
          Melhorando a vida social
 
Tente, também, melhorar sua vida social. Pessoas solteiras podem evitar ficar sozinhas por meio da construção de uma rede de amigos íntimos, amigos casuais e familiares. Faça um esforço para reunir amigos, planeje visitas e atividades! Envolva-se em aulas, grupos ou um hobby.
 
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 06/02/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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