[Tumores Cerebrais / Sistema Nervoso Central] M.M.

Compartilhando Experiência
  • Instituto Oncoguia - Conte-nos um pouco sobre você. (idade, onde mora, o que faz, o que mais quiser) M.M. - Tenho 48 anos, moro em Barueri, sou psicóloga e trabalho na área educacional.
  • Instituto Oncoguia - Quem em sua família tem/teve câncer? M.M. - Meu pai teve câncer de esôfago e meu irmão cerebral.
  • Instituto Oncoguia - Sabemos que o diagnóstico de um câncer também tem um impacto grande na família, como você tem lidado e ou lidou com esse momento? M.M. -
    Foram momentos absurdamente complicados. mas temos muita fé de que tudo está conectado com algo maior.
     
    Sabemos que meu pai e meu irmão estão em outra dimensão, numa outra morada, com outros desafios de evolução e continuamos conectados pela nossa história e pelo amor que nos une.
  • Instituto Oncoguia - Quais foram os principais desafios enfrentados pelo paciente? M.M. - Os desafios sempre estiveram ligados aos medos do que viria na sequência, como seria o processo da doença e da morte.
  • Instituto Oncoguia - De que forma você ajudou seu familiar? M.M. - Ajudei conduzindo os negócios do meu irmão e também acompanhando em rotinas de exames, consultas e internações.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou se informar sobre a doença? Isso lhe ajudou? M.M. - Sim, ajudou a entender que havia a possibilidade da finitude por conta da doença. A cura seria muito difícil, pelo prognóstico dele.
  • Instituto Oncoguia - Quais foram as principais dificuldades que você enfrentou como familiar cuidador? M.M. - Acho que os hospitais não estão tão preparados para lidar com cuidados paliativos e o processo de finitude de um paciente. Houve muito problema com o Hospital Nove de Julho nas últimas internações, quando meu irmão estava com episódios agressivos. Eles o amarravam e era uma situação pouco digna para ele, que estava já sofrendo com a doença.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou formas de se cuidar melhor? Se sim, quais? M.M. - Sim, busquei terapia e apoio espiritual.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou apoio psicológico? Se sim, de que forma isso lhe ajudou? M.M. - Sim, ajudou muito.
  • Instituto Oncoguia - Que conselho ou dica você daria para um familiar que está enfrentando o câncer em casa? M.M. - Que busque conhecer mais sobre cuidados paliativos, acesse o trabalho que a Dra. Ana Claudia Arantes tem feito nesta área e o que ela tem dito sobre o processo de finitude para a pessoa e seus familiares. O processo é doloroso mas não precisa ser enfrentado sozinho. A grande beleza está em estarmos juntos, até o final.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? M.M. - Seria interessante se pudessem divulgar mais ativamente o trabalho de vocês junto aos médicos, que tratam os pacientes com câncer.
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