[Câncer de Pâncreas] Ana Carolina.

Compartilhando Experiência
  • Instituto Oncoguia - Conte-nos um pouco sobre você. (idade, onde mora, o que faz, o que mais quiser) Ana - Meu nome é Ana, tenho 38 anos, sou do interior de MG, advogada, mas morava em SP na época que minha mãe descobriu a doença (2017). Quando ela me contou, em menos de um mês me organizei para voltar para minha cidade e cuidar dela.
  • Instituto Oncoguia - Quem em sua família tem/teve câncer? Ana - Minha amada mãe. Faleceu 50 dias após o diagnóstico.
  • Instituto Oncoguia - Sabemos que o diagnóstico de um câncer também tem um impacto grande na família, como você tem lidado e ou lidou com esse momento? Ana - Foi muito difícil de lidar, parecia um pesadelo. Quando soube do diagnóstico me senti sozinha e desamparada por Deus, mas depois de tudo, entendi que cada um tem uma missão nessa vida e o importante é ser uma boa pessoa. Minha mãe amou e foi muito amada por todos. O diagnóstico é difícil, mas hoje sinto que cada um tem o seu propósito na vida e eu me sinto privilegiada (apesar da dor) por ter tido a oportunidade de passar esse momento com minha mãe.
  • Instituto Oncoguia - Quais foram os principais desafios enfrentados pelo paciente? Ana - Graças a Deus minha cidade tem uma rede excelente, tanto pública, quanto particular, para tratamento oncológico. Acredito que o maior desafio para minha mãe tenha sido lidar com a parte psicológica em relação ao medo da doença e de deixar a família.
  • Instituto Oncoguia - De que forma você ajudou seu familiar? Ana - Estando presente desde o dia que eu soube do diagnóstico, atenta aos sintomas, buscando auxílio médico para amenizar os desconfortos físicos que minha mãe sentia e dando muito, muito amor.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou se informar sobre a doença? Isso lhe ajudou? Ana - Minha mãe sempre pediu para eu não buscar informações na internet, mas qualquer resultado de exame eu passava madrugadas pesquisando. Hoje estaria muito mais preparada para lidar com a doença.
  • Instituto Oncoguia - Quais foram as principais dificuldades que você enfrentou como familiar cuidador? Ana - A principal dificuldade foi o medo do que estaria por vir, do desconhecido. Cada caso é um caso, eu nunca tinha lidado com alguém que tivesse tido câncer tão próximo de mim. Muito medo do sofrimento que minha mãe passaria durante o tratamento e, principalmente, dela morrer.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou apoio psicológico? Se sim, de que forma isso lhe ajudou? Ana - Durante a doença dela não busquei apoio psicológico. Apenas depois de 5 anos do falecimento da minha mãe, como eu ainda estava em depressão profunda, decidi procurar psiquiatra e psicóloga. Poder conversar com alguém sem julgamentos e que me ensina a entender os meus sentimentos está sendo fundamental para o processo de aceitação da doença e para amenizar o luto.
  • Instituto Oncoguia - Que conselho ou dica você daria para um familiar que está enfrentando o câncer em casa? Ana - Procure saber a real situação da doença, respeite o familiar, proporcione tempo de qualidade com a pessoa, crie momentos, lembranças boas com o paciente e principalmente busque ajuda de um psicólogo, pois esse profissional poderá fornecer ferramentas para você lidar com o processo da doença. Também é hora de renovar a fé.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Ana - Por meio de pesquisas na internet.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Ana - Seguir orientando as pessoas sobre cuidados paliativos.
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