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  • Debora Garcia Pena dos Santos - Câncer de Pâncreas
    Tumor neuroendócrino de cabeça de pâncreas diagnosticado em Dezembro de 2014.
Em meados de 2014 percebemos que havia algo errado com meu marido de apenas 35 anos. Esportista, de estilo de vida saudável, começou a emagrecer muito além de ter outros sintomas. Nunca passaria pelas nossas cabeças que poderia ser algo tão grave. Enfim, descobrimos através de exames de imagem que ele estava com um tumor de pouco mais de 12 cm na região do abdome. 

Daí em diante foi correr atrás de um médico que fizesse uma biópsia e também, para saber se havia a possibilidade de retirada do tumor. Sem possibilidade de cirurgia fora realizada duas biópsias em menos de 2 meses. 

Em dezembro de 2014 veio o resultado que se tratava de um tumor neuroendócrino de baixo grau, porém se tratava de um câncer já avançado e raro. Fomos estimulados pelo oncologista do convênio a procurar um hospital de referência em câncer, no caso, o A.C. Camargo Center. 

Depois de tantos outros exames finalmente foi passado um tratamento, isso já no final de abril de 2015. Estávamos muito felizes com a expectativa de reduzir o tumor com esse tratamento para em seguida, fazer a retirada do tumor. Até aí, vivendo nossas vidas, dentro do mais normal possível, já que ele não poderia mais trabalhar e nem praticar esportes. 

Em maio de 2015 os problemas começaram após a colocada do porth a cath para receber o tratamento (vou deixar claro aqui que nosso tratamento é feito todo na baixada santista e que os médicos do A.C. Camargo nos orientam para trazer idéias para fazer o tratamento pelo plano de saúde). 

Foram internações atrás de internações por conta de infecções por causa do catéter, síndromes paraneoplásicas, meningite, AVC isquêmico. E as coisas continuaram se agravando quando as lesões que seriam do AVC começaram a fazer com que mudasse muito, chegou a perder a memória depois de ficar dias apagado. 

Foi necessário fazer uma biópsia de encéfalo. Vindo logo após mais duas internações: uma 10 dias após a biópsia por causa de uma convulsão em que ficou 8 dias praticamente sem os movimentos dos braços e pernas. E a outra 3 dias depois da alta, com uma lesão do pulmão que ainda está sendo investigada. 

Cuidei e vou cuidar dele cada dia dessa longa batalha que estamos traçando. Precisei por vários e vários meses abrir mão de cuidar dos nossos bens mais preciosos, nossos filhos. As pessoas que nos acompanham, mas que estão de fora da situação, acham que tenho que ser forte o tempo inteiro. Não tem como, é triste demais ver quem você ama sofrendo e mesmo algumas vezes estando muito triste abro um lindo sorriso para não deixar ele perceber que meu dia não está sendo bom. 

Depois dessa longa história resumida venho aqui deixar uma mensagem para quem é uma cuidadora como eu: mesmo diante das piores situações nunca percamos nossa fé de que tudo possa ficar bem, porque para quem tem fé a vida nunca tem fim!