Tratamentos direcionados para linfomas de pele

Existem muitas formas de tratar as lesões da pele:

  • Cirurgia. A cirurgia não é o único tratamento para o linfoma de pele, mas pode ser útil em algumas situações. Pode ser realizada para biopsiar um linfonodo ou outro tecido para diagnóstico e estadiamento do linfoma. Também pode ser feita para tratar determinados tipos de linfomas cutâneos, quando apenas uma ou poucas lesões estão presentes e podem ser completamente removidas. 
  • Radioterapia. O tratamento radioterápico utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam o tumor. O procedimento em si é indolor. O tipo de radiação utilizado na maioria das vezes para os linfomas de pele é o feixe de elétrons. O principal efeito colateral da radioterapia com elétrons é uma reação na pele semelhante à queimadura solar. Para micose fungoide e síndrome de Sézary, a radioterapia com elétrons é administrada frequentemente em todo o corpo (irradiação de corpo inteiro com feixe de elétrons). Outros efeitos colaterais que podem ocorrer são a perda de todos os pêlos do corpo e a perda das unhas das mãos e dos pés.
  • Fototerapia. A luz ultravioleta (UV) é a parte da luz solar que provoca queimaduras e câncer de pele. A fototerapia usa luz UV para destruir as células cancerígenas da pele. Este é um tratamento útil para algumas pessoas com linfomas de pele que não são muito espessos. Dois tipos de radiação UV - raios ultravioleta A (UVA) e raios ultravioleta B (UVB) - podem ser utilizados para tratar o linfoma de pele. Ambos os tratamentos UVA e UVB usam lâmpadas fluorescentes especiais. Os tratamentos são administrados várias vezes por semana. Quando é utilizada a radiação UVA, é combinada com fármacos chamados psoralenos. Essa combinação é conhecida como PUVA. Os psoralenos são administrados por via oral cerca de duas horas antes do tratamento. O medicamento circula pelo sangue e atinge as células de todo o corpo, incluindo as células do linfoma de pele. Quando essas células são então expostas à luz UVA, a droga é ativada, destruindo-as. Os psoralenos podem provocar náuseas. Também podem tornar a pele sensível à luz solar, aumentando o risco de queimaduras, por isso é importante se proteger da luz do sol, tanto quanto possível, nos dias após o tratamento. Os UVB são administrados sem medicamentos adicionais, e são geralmente usados para lesões mais finas da pele. Assim como a luz UV da luz solar, estes tratamentos podem provocar queimaduras e aumentar o risco de câncer de pele, por isso os médicos evitam a radiação UV.
  • Medicamentos tópicos. A aplicação de medicamentos diretamente na pele é denominada terapia tópica. Ela pode ser muito útil no tratamento de muitos linfomas de pele iniciais. Quando um medicamento é aplicado sobre a pele, seus efeitos são concentrados naquele ponto, com quantidades muito menores alcançando o resto do corpo. Isso pode limitar os efeitos colaterais, especialmente para medicamentos potentes, como alguns medicamentos quimioterápicos.
  1. Corticosteroides tópicos. Medicamentos relacionados ao cortisol, um hormônio produzido naturalmente no corpo podem afetar as células do sistema imunológico, como os linfócitos. Comprimidos e injeções de corticosteroides são uma parte importante do tratamento do linfoma. Esses medicamentos também podem ser aplicados diretamente sobre a pele, sob a forma de pomadas, géis e cremes. Isso pode ser muito útil no tratamento das lesões da pele. Quando administrado dessa forma, uma menor quantidade da droga é absorvida, resultando em menos efeitos colaterais.
  2. Quimioterápicos tópicos. Medicamentos potentes, que podem ser administrados por via oral ou sistêmica para tratar tumores mais avançados. Alguns quimioterápicos podem ser usados para tratar linfomas de pele, na forma de creme ou pomada, diretamente na pele. Os medicamentos mais frequentemente usados para tratar o linfoma de pele incluem mecloretamina e carmustine. Os possíveis efeitos colaterais incluem vermelhidão, inchaço ou irritação no local onde a droga é aplicada, bem como um aumento do risco de outros tipos de câncer de pele na área.
  3. Retinoides tópicos. Medicamentos relacionados com a vitamina A, que podem afetar certos genes nas células do linfoma que causam seu crescimento ou amadurecimento. Alguns retinoides, como bexaroteno, vêm na forma de gel que pode ser aplicado diretamente às lesões da pele. Os efeitos colaterais incluem vermelhidão, prurido, irritação e sensibilidade à luz solar na área em que o fármaco é aplicado. Esses medicamentos não devem ser usados por mulheres grávidas.
  4. Terapias imunológicas tópicas. O imiquimod é um creme que provoca uma reação no sistema imunológico quando aplicado às lesões de pele, podendo destruí-las. Esse medicamento é usado principalmente para tratar outros tipos de câncer de pele, mas alguns médicos também usam para tratar formas precoces do linfoma de pele. Ele pode causar vermelhidão, prurido e irritação no local da aplicação. 

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 29/03/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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