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  • T.D.J. - Câncer de Mama Avançado
    "Eu recebi meu diagnóstico e lidei com ele da forma mais otimista e positiva possível..."

Minha mãe descobriu um câncer de mama assim que completou 60 anos, em 2008, em consultas de rotina após uma inversão de mamilo. 


Em 2016 eu fui mãe aos 33 anos e nas primeiras consultas de rotina depois disso apareceu um pequeno nódulo, que vinha sendo monitorado desde então. Nunca senti absolutamente nada, amamentei minha primeira filha até 3 anos e meio. Por conta do diagnóstico da minha mãe, comecei a fazer mamografias aos 35 anos. 


Tive meu segundo filho em 2020, perto de completar 38 anos. Em janeiro de 2022, meus exames de rotina apareceram sem alterações nos exames de imagem, mas um PCA indicava um problema. Repeti os exames em agosto e após a biópsia, veio o diagnóstico de carcinoma estágio 2, dois linfonodos contaminados, e o resultado do imuno-histoquímico positivo para estrogênio e progesterona. 


Iniciei a quimioterapia no fim de setembro, foram ao todo 16 sessões, sendo as 4 primeiras vermelhas. Do total de 12 químicos com taxol eu fiz somente 3 e passei por uma pneumonite por taxol. Quase não resisti, fiquei internada, fui entubada, recebi transfusões de sangue, enfim. Foi o período mais tenso do meu tratamento. Depois disso teve a quimioterapia interrompida e apesar de não menstruar mais desde o início da quimioterapia, o tratamento com bloqueio de hormônios teve início com Tamoxifeno. 


Desde a primeira consulta com mastologista, a conduta era pra ser uma mastectomia na mama esquerda com esvaziamento axilar, mas de alguma forma, mesmo não completando todas as sessões de quimioterapia, meu organismo responde de forma eficiente ao tratamento. Tive resposta patológica completa e numa segunda avaliação médica, a decisão foi por uma cirurgia mais conservadora, retirando somente o quadrante inferior da mama esquerda. A análise de material não apresentou mais nenhuma lesão. 


Estou fazendo hormonioterapia com Zoladex e Anastrozol e início as sessões de radioterapia na próxima semana. Essa foi minha trajetória para vencer um tumor. No meu caso, a toxicidade do medicamento afetou meus pulmões, mas a parte boa, foi que com isso adiantamos em dois meses o fim do tratamento. 


Eu recebi meu diagnóstico e lidei com ele da forma mais otimista e positiva possível, tive apoio da minha família, do meu marido, o carinho dos meus filhos pequenos, que foram a minha maior motivação para ficar boa logo. 


Uma boa alimentação e acompanhamento com um bom nutricionista, foi primordial para aliviar alguns sintomas bastante incômodos. Graças a Deus o pior passou. Seguindo em frente agora com o que falta pra terminar e os acompanhamentos futuros.