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Patrícia Casagrande - Câncer de Mama
"Receber um diagnóstico de câncer é realmente assustador, mas, aprendi que não é uma sentença de morte."
Em agosto do ano passado fui diagnosticada com câncer de mama. Ao ler o resultado do exame, ainda no estacionamento da clínica onde fiz a biópsia, senti um buraco enorme (e sem fundo) se abrindo sob meus pés. Foi uma queda livre!
Segui direto para o consultório da mastologista que me acompanha há 4 anos, quando iniciei a reposição hormonal. Dela recebi todo o acolhimento e orientações sobre os próximos passos. A fala dela que me apeguei foi: "As chances de cura são altas" já que eu fazia mamografia e ultrassonografia das mamas regularmente e a detecção foi precoce.
Passei a primeira noite em claro, chorando. Pensamentos negativos me atravessavam, afinal, receber um diagnóstico de câncer é como receber uma sentença de morte. Mas, quando a luz do dia adentrou meu quarto, entendi que ali se abria uma nova oportunidade. Hora de levantar e sacudir a poeira!
Ainda abalada pela "queda livre" pensei: eu vou vencer essa batalha! Peguei todas as guias de exames e comecei a corrida contra o tempo, já que eu queria fazer a cirurgia o mais rápido possível. Além disso, contei para amigos e familiares sobre o diagnóstico, pois, além de precisar do carinho e das orações das pessoas que eu amo, tinha a intenção de tornar esse momento "público" também para trocar experiências com outras mulheres que estivessem na mesma situação que eu. Recebi muito amor e (pasmem!) inúmeros relatos de mulheres maravilhosas que venceram o câncer de mama.
Assim, o buraco foi se fechando e meus pés voltaram a tocar o chão. Um mês após o diagnóstico, todos os exames de investigação pelo corpo estavam prontos (com resultado negativo) e fiz uma cirurgia conservadora para retirada do nódulo que era menor que 1 cm. Foi retirado também o linfonodo sentinela (que fica próximo a axila), e deu negativo no teste para câncer, o que é muito bom!
Fiz radioterapia e, atualmente, faço hormonioterapia (quimioterapia via oral). Sigo com acompanhamento trimestral da mastologista e da oncologista, mas realizando minhas atividades normalmente, sem dor nem limitações. Receber um diagnóstico de câncer é realmente assustador. Mas, aprendi que não é uma sentença de morte.