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Dadynha Saturnino - Linfoma Não Hodgkin
Curei o câncer pela fé!
Salve-Maria. Curei o câncer pela fé!
Eu já acreditava em milagres mesmo muito tempo antes de precisar de um. A minha fé católica e o meu amadurecimento espiritual foram essenciais para a graça que alcancei quando pedi e hoje venho compartilhar o meu milagre com todos vocês para que também acreditem que tudo é possível àquele que crê, mesmo quando tudo parecer vazio, escuro e desolador pois temos um Deus misericordioso, generoso e bondoso que está no comando das nossas vidas e cuida para que fiquemos bem. Basta crermos!
Ninguém está preparado para receber a notícia que está com câncer, com "aquela doença", com a "doença do vish, vai morrer"... Mas, se eu disser que Deus me preparou para lutar contra um câncer vocês acreditam?
Pois bem! Em 11 de maio de 2018, prestes a completar 38 anos de idade, recebi o diagnóstico de um Linfoma Não Hodgking Folicular, um tipo de câncer que acomete o sistema linfático e tem relações com o sistema hematológico, mais precisamente na íngua da virilha esquerda. O que poderia se tornar um deserto e solidão a partir daquele dia se tornou um mar de bençãos que Deus mandaria para mim. Gratidão.
Vou explicar:
1)Há cerca de oito anos sou sócia voluntária da Associação Deusas da Mama de Maranguape, que agrupa mulheres que tiveram câncer de mama. Neste período aprendi sobre a importância do auto exame, de conhecer o próprio corpo como prevenção de doenças e foi tocando o meu corpo que percebi que tinha algo na minha virilha esquerda, uma massa sólida que nunca apresentou nenhum sintoma, nunca doeu, me adoeceu, nada. Fui ao médico porque sabia da importância da investigação. Fiz dezenas de exames de sangue, tomografias, eletrocardiograma, ecocardiograma e até biópsia da medula óssea para saber se era Leucemia (meu coração dizia que a minha fábrica de câncer estava intacta e estava mesmo, mas, câncer confirmado, disse para mim: se as Deusas da Mama venceram, também vencerei, pois não estou, não me sinto e nem ficarei doente. Aliás, já me sinto curada.
2)Como Jornalista, trabalho assessorando a STDS daqui de Maranguape e também a apresentadora Lorrane Cabral da TV Jangadeiro e já produzi centenas de reportagens contando histórias de superação. Quando confirmei o câncer, acreditei que assim como aqueles entrevistados foram agraciados com bençãos e vitorias em suas vidas, eu também seria. Já me sentia curada pelo exemplo dos outros.
3)Tenho um sentimento muito especial e uma ligação muito carinhosa com a história da APAE, seus alunos e familiares, exemplos que mesmo na dificuldade, devemos sempre sorrir. Com eles, aprendi há anos que não devemos reclamar de nada, não gosto de reclamar de nada, nem gosto de gente perto de mim que ama reclama por tudo, inclusive sem motivos. Só quando estamos lisos, coisa ruim tá liso, né? Só para descontrair.
Então, voltando ao câncer, eu tinha todos os motivos do mundo para reclamar e ter medo, mas, acreditei que nada de mal me aconteceria. Ou eu aceitaria o diagnóstico e cumpriria o tratamento ou me entregaria a tristeza que muita gente queria ver em mim (teve gente que dizia assim: mas ela não pode ser tão forte assim, deve chorar escondida. Não chorava. Meu lema é alegria).
Uma segunda-feira, atendendo ao convite do amigo Erivelto Bessa, ungido Ministro da Eucaristia da nossa Paróquia Senhora da Penha, participei de uma noite de Cura e Libertação na Comunidade Católica Fonte de Água Viva, momento em que pude me entregar a oração, ao pedido de cura e até me libertar de perdões que precisaria conceder.
Naquela segunda-feira, 04 de junho de 2018, 9 dias antes da minha primeira quimioterapia, senti a presença do Divino Espírito Santo em mim e senti que já estava curada. Não tem como explicar esse momento sem sentí-lo. Me emociono só em lembrar. Bebi da graça, era a minha cura, eu estava curada. Curei pela fé, acreditei que não tinha mais doença em meu corpo físico e realmente não tinha. Deus é Deus de milagres.
Então, sempre gostei de usar as redes sociais e decidi que ela seria minha base para "contar a minha rotina de tratamento" e também uma fonte para receber orações de qualquer parte do mundo. Assim como ser instrumento de alerta para outras pessoas. Amo a oração de São Francisco e ali eu entendia como ela tinha que estar mais presente em minha vida.
Fui acarinhada por gente de todo canto e ao passo que alguns "amigos" sumiram e precisei ter maturidade para compreender e não sofrer, ganhei outros novos amigos, que passaram a me colocar em suas orações e me trouxeram muitas alegrias.
Associada da Rede Evangelizar, rezei e fiz novenas com o Padre Reginaldo Manzotti, entre elas pela cura do câncer. Já me sentia curada, mas, sabia que tinha que rezar cada vez mais. Nas Santas Chagas de Jesus eu também pedia a cura das minhas chagas. Rezei por muitos amigos da quimio (Igor, Marcos, Andre) e muitos rezaram por mim também. Recebi mensagens e presentes vindos de Brasilia, de Roma, Portugal, França, Estados Unidos, Maranguape. Tanto carinho que não terei como agradecer nunca.
E mesmo me sentindo curada na CCFAV, me submeti ao importante tratamento convencional no Instituto do Câncer do Ceará, atendida pelo Anjo hematologista Dr. Franklin José e equipe de profissionais maravilhosa pois assim como Deus deus ao homem dons espirituais, acredito que preparou os médicos para cuidar das nossas enfermidades físicas. E após quatro quimioterapias (metade do tratamento), repeti os exames de tomografias e veio a confirmação da minha cura: não existia mais sinal de doença no corpo, para a honra e glória do Senhor, eu real.wnte estava curada.
Segui com o tratamento, recebi alta das quimios faltando duas sessões, fiz 20 sessões de radioterapias, tive e tenho vários efeitos colaterais até hoje. Precisei mudar a minha rotina profissional, social, pessoal e pessoal, me isolei e tive contagos estritamente necessários, tive que aprender a respeitar os limites do meu corpo porque a minha mente esta não para, rs e com muita resiliência cheguei ao período que me encontro, chamado de covalescênça. Ainda não recebi alta médica, continuo de licença do trabalho, fazendo acompanhamentos com fisioterapeuta, radioterapeuta e nutricionista oncológica e em breve repetirei os exames de imagem para assim, ouvir do meu hematologista: tratamento finalizado, cura definitiva confirmada, só vamos nos ver novamente daqui há seis meses, rs! Volta para Maranguape e vai viver a tua cura, trabalhar e continuar sendo feliz fazendo o que ama.
Louvo a Deus por este milagre. O câncer diagnósticado era considerado incurável, raro para a minha idade. Eu o venci porque Deus me deu força, fé e coragem. Acreditei que não estava nem ficaria doente. Enfrentei tudo o que deveria enfrentar mantendo a confiança e o sorriso no rosto: "amanhã eu fico triste, hoje não". E foram pouquissimas vezes que a tristeza bateu em minha porta e entrou e garanto, não foi pelo câncer que isso aconteceu.
O câncer não é imbatível, a fé move montanhas e Deus é Deus de milagres. Ele me curou e pode curar qualquer um de nós, seja qual enfermidade for. Só precisamos acreditar. Crer e à Ele tudo consagrar.
Agradeço pela oportunidade de compartilhar com vocês o meu milagre, o tamanho do amor de Deus por mim e agradecer a todos que me colocaram em oraçoes, pedir desculpas aqueles que em alguns momentos precisei recusar abraços e até apertos de mão por causa da imunidade e de modo muito especial agradecer ao Padre Ivan que me ouviu e aconselhou no confessionário no início desta batalha, ao amigo Erivelto Bessa por dividir comigo sua espiritualidade e ser muito presente todo esse período, ao Padre Vicente que me enviou mensagem de fé atendendo ao pedido do John Alysson, amiga Madeline Cordeiro que me levava para a Igreja do Parque São João para que eu pudesse participar da Missa quando me sentia disposta, a minha família que sempre esteve ao meu lado e a Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. Que Ele sempre cresça e eu diminua cada vez mais.
Graça alcançada, graça testemunhada.
Gratidão, meu Deus!
Dadynha Saturnino