Durante um ano e meio minha vida era ir ao ortopedista, fazer fisioterapia e acupuntura de tanta dor que eu sentia no braço direito. O médico dizia que por causa da minha profissão e sedentarismo minha coluna cervical estava desgastada, comprimia o nervo e gerava a dor refletida no braço.

 Até que no dia 26/07/16, fui pegar uma sacola e meu braço direito quebrou, ficou todo preto e perdi o movimento dele. Fui ao pronto socorro e lá descobri que tinha um tumor de 7 cm no úmero. Fui encaminhada a um oncologista que já na primeira consulta confirmou ser um câncer maligno e muito agressivo, que precisaríamos fazer biópsia apenas para descobrir qual tipo de câncer era. 

A princípio achávamos que era câncer de osso, mas com a biópsia descobrimos que no osso já era secundário e partimos para investigação, onde descobrimos que se tratava de um câncer de mama com metástase óssea, já no último estágio, o câncer estava em todos os ossos do meu corpo. 

Três oncologistas disseram que eu precisava amputar meu braço e colocar prótese. Iniciei meu tratamento com quimioterapia de set /2016 a fevereiro /2017, fazendo 3 semanas sim e uma não, após esse período comecei a tomar quimioterapia via oral (quimioterapia alvo), já troquei de medicação por 3 vezes, pois a cada 2 anos o organismo acostuma e aparecem novos pontos, mas o fato é que, o braço que quiseram amputar voltou ao normal, a doença está sob controle e eu estou aqui compartilhando. 

Quando eu recebi o diagnóstico e puxei na Internet eu li que 15% das mulheres com meu diagnóstico chegavam ao 5°ano de vida, me desesperei, mas aqui estou completando 7 anos de sobrevida e com qualidade de vida. Adoraria ter lido algo assim na época, motivo pelo qual deixo aqui meu depoimento. Existe vida após o diagnóstico do câncer! Lutem e acima de tudo, muita fé em Deus! Meu diagnóstico: Carcinoma ductal invasivo estágio IV.