Oncoguia contribui em CP de medicamentos para próstata no SUS
O Oncoguia enviou a sua contribuição nas Consultas Públicas 22 e 23 da Conitec para incluir novos medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS):
- CP 22: Abiraterona, apalutamida, darolutamida e enzalutamida para o tratamento de indivíduos com câncer de próstata resistente à castração não metastático e metastático em primeira linha e metastático em pacientes com uso prévio de quimioterapia.
- CP 23: Abiraterona, apalutamida, darolutamida e enzalutamida para o tratamento de indivíduos com câncer de próstata sensível à castração e metastático.
O Oncoguia realizou contribuição na Consulta Pública com o respaldo do nosso Comitê Científico e endossando o parecer da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). No documento enviado, sinalizamos nosso posicionamento favorável à incorporação da abiraterona, apalutamida, darolutamida e enzalutamida, enquanto classe de medicamentos (ARPIs), nos dois cenários de tratamento, já que são medicamentos comprovadamente eficazes para o tratamento de pacientes com câncer de próstata.
Esse grupo de medicamentos bloqueadores das vias dos receptores de andrógenos, chamados de ARPIs, é um fator essencial para o tratamento de pacientes de câncer de próstata no SUS. As drogas são eficazes e seguras no tratamento da doença, possuem poucos efeitos colaterais e garantem a manutenção da qualidade de vida dos pacientes.
As quatro tecnologias são recomendadas pela Sociedade Brasileira de Urologia, e constam nas Diretrizes de 2024 da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. Além disso, os ARPIs também são indicados no documento de recomendação para atualização das Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Adenocarcinoma de Próstata, elaborado em 2023 por especialistas com apoio do Instituto Oncoguia.
Também é importante considerar que, a depender do cenário clínico, um ou outro medicamento é mais recomendado, considerando condições como pacientes diabéticos, com déficits cognitivos, múltiplas comorbidades, entre outros. Nesse sentido, é sempre importante considerar cada caso dos pacientes individualmente para avaliar a droga que mais se adequa, orientação esta respaldada na prática clínica pelas sociedades médicas e organizações de referência no tratamento da doença.
Por isso, em nossa contribuição, defendemos a incorporação dos quatro medicamentos propostos, para que pacientes e médicos tenham mais opções de tratamento.
Leia na íntegra a contribuição do Oncoguia aqui.
Agora, a Conitec vai analisar as contribuições enviadas e publicar sua recomendação final. Continuaremos acompanhando este processo e trazendo atualizações para vocês quanto à sua incorporação no SUS.
Conteúdo produzido pela equipe do Instituto Oncoguia.