Fatores de Risco do Câncer de Vesícula Biliar

Um fator de risco é algo que afeta sua chance de contrair uma doença como o câncer. Diferentes tipos de câncer apresentam diferentes fatores de risco. Alguns como fumar, podem ser controlados; no entanto outros não, por exemplo, idade e histórico familiar. Embora os fatores de risco possam influenciar o desenvolvimento do câncer, a maioria não causa diretamente a doença. Algumas pessoas com vários fatores de risco nunca desenvolverão um câncer, enquanto outros, sem fatores de risco conhecidos poderão fazê-lo.

Ter um fator de risco ou mesmo vários, não significa que você vai ter a doença. Muitas pessoas com a enfermidade podem não estar sujeitas a nenhum fator de risco conhecido. Se uma pessoa com câncer de vesícula biliar tem algum fator de risco, muitas vezes é difícil saber o quanto esse fator pode ter contribuído para o desenvolvimento da doença.

Fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver câncer de vesícula biliar:

  • Cálculos biliares. Os cálculos biliares são o fator de risco mais comum para o câncer de vesícula biliar. Os cálculos biliares são rígidos, como pedras de colesterol e outras substâncias que se formam na vesícula biliar e podem causar inflamação crônica. Em torno de 75% das pessoas com câncer de vesícula têm cálculos biliares quando são diagnosticadas. Os cálculos biliares são uma condição muito comum, mas o câncer de vesícula biliar é muito raro. E importante mencionar que a maioria das pessoas com cálculos biliares nunca desenvolverá câncer de vesícula biliar.
     
  • Vesícula biliar de porcelana. A vesícula de porcelana é uma condição na qual a parede da vesícula biliar fica coberta com depósitos de cálcio. Ocorre após longos períodos de inflamação da vesícula biliar. Pessoas com essa condição podem ter um risco maior de desenvolver câncer de vesícula biliar, possivelmente porque tanto os cálculos quanto a vesícula de porcelana provocam inflamação.
     
  • Gênero. O câncer de vesícula biliar ocorre com mais frequência em mulheres. Os cálculos biliares e a inflamação da vesícula biliar são fatores de risco importantes para o câncer de vesícula biliar e também são mais frequentes nas mulheres do que nos homens.  
     
  • Obesidade. A obesidade é um fator de risco para cálculos biliares.
     
  • Idoso. O câncer de vesícula biliar pode ocorrer em pessoas mais jovens, mas é diagnosticado principalmente em pessoas mais velhas. A idade média dos pacientes quando diagnosticados é de 72 anos.
     
  • Etnia. Nos Estados Unidos o risco de desenvolver câncer de vesícula biliar é maior entre mexicanos, americanos e americanos nativos. Eles são mais propensos a ter cálculos biliares do que outros grupos étnicos e raciais. O risco é menor entre pessoas de raça negra. O câncer de vesícula biliar apresenta incidência aumentada na Índia, Paquistão e países Europa Central e de América do Sul.
     
  • Cistos de colédoco. Os cistos de colédoco são saquinhos com conteúdo biliar alojados no ducto biliar, conduto que transporta a bile do fígado e da vesícula biliar para o intestino delgado. As células que revestem o cisto muitas vezes contêm áreas com alterações pré-cancerígenas que aumentam o risco de uma pessoa desenvolver câncer de vesícula biliar.
     
  • Anomalias nos ductos biliares. O pâncreas é outro órgão que libera líquidos pelo ducto do intestino delgado para ajudar na digestão, que normalmente encontra o ducto biliar comum assim que entra no intestino delgado. Algumas pessoas têm um defeito na junção desses ductos o que produz refluxo biliar para os ductos biliares. Esse fluxo inverso também impede que a bile drene dos ductos biliares tão rapidamente quanto deveria. Pessoas com essa anormalidade têm um risco aumentado de câncer de vesícula biliar. Os pesquisadores ainda não identificaram se esse risco é devido a danos provocados pelo suco pancreático ou porque a bile não flui adequadamente pelos ductos, causando lesões pelas substâncias contidas na própria bile.
     
  • Pólipos da vesícula biliar. Alguns pólipos formados na parede da vesícula biliar podem ser pequenos tumores (benignos ou malignos) ou podem ser causados por uma reação inflamatória. Os pólipos maiores têm maior probabilidade de serem malignos, nesses casos, é indicada a retirada da vesícula biliar.
     
  • Colangite esclerosante primária. Nessa condição existe inflamação e cicatrização dos ductos biliares. Pacientes com essa doença têm um risco aumentado de câncer da vesícula biliar e dos ductos biliares.
     
  • Tifoide. Pessoas cronicamente infectadas com salmonela, bactéria que causa a febre tifoide, e aquelas que são portadoras da doença são mais propensas a desenvolver câncer de vesícula biliar do que os não infectados.
     
  • Histórico familiar. A maioria dos cânceres de vesícula biliar não é diagnosticada em pacientes com histórico familiar da doença. O histórico de câncer de vesícula biliar na família parece aumentar as chances de uma pessoa desenvolver esse tipo de câncer, mas o risco ainda é baixo, pois esta é uma doença rara.
     
  • Outros possíveis fatores de risco. Estudos descobriram outros fatores que podem aumentar o risco de câncer de vesícula biliar, mas as associações ainda não são claras, incluem: tabagismo, exposição ocupacional e ambiental a produtos químicos ​​nas indústrias de borracha e têxtil, exposição a nitrosaminas.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 12/07/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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