Estadiamento do Câncer de Rim
O estadiamento descreve aspectos do câncer, como localização, se disseminou, e se está afetando as funções de outros órgãos do corpo. Conhecer o estágio do tumor ajuda na definição do tipo de tratamento e a prever o prognóstico do paciente.
Os estágios do câncer de rim variam de 1 a 4, sendo que o estágio 4 é quando a doença está mais avançada. Dentro de um estágio, pode ser incluída uma letra o que significa um estadiamento mais específico.
Sistema de estadiamento TNM
O sistema de estadiamento utilizado para o câncer de rim é o sistema TNM da American Joint Committee on Cancer, que utiliza três critérios para avaliar o estágio do câncer:
- T. Indica o tamanho do tumor primário e até onde se disseminou.
- N. Descreve se existe disseminação da doença para os linfonodos regionais próximos.
- M. Indica se existe presença de metástase em outras partes do corpo.
Números ou letras após o T, N e M fornecem mais detalhes sobre cada um desses fatores. Números mais altos significam que a doença está mais avançada. Depois que as categorias T, N e M são determinadas, essas informações são combinadas em um processo denominado estadiamento geral.
O sistema descrito abaixo para o câncer de rim é de janeiro de 2018. Ele usa o estadiamento clínico, que é baseado nos resultados do exame físico, biópsia e exames de imagem. Se a cirurgia for realizada, o estágio patológico, também denominado estágio cirúrgico, é determinado pelo exame da amostras retirada durante a cirurgia.
Estágios do câncer
Estágio I. T1, N0, M0.
Estágio II. T2, N0, M0.
Estágio III. T3, N0, M0; T1 a T3, N1, M0.
Estágio IV. T4, qualquer N, M0; Qualquer T, qualquer N, M1.
Sistemas prognósticos
O sistema de estadiamento TNM é útil, mas outros fatores devem ser considerados ao se determinar o prognóstico e tratamento de pacientes com carcinoma de células renais estágio IV. Os dois sistemas comumente usados são os critérios do Memorial Sloan Kettering Cancer Center (MSKCC) e do International Metastatic Renal Cell Carcinoma Renal Database Consortium (IMDC).
Esses dois sistemas utilizam 5 ou 6 critérios que, quando combinados, agrupam os pacientes em grupos de baixo, intermediário e alto risco.
O sistema MSKCC inclui:
- Nível de (LDH) lactato desidrogenase sanguínea alto.
- Nível de cálcio no sangue elevado.
- Anemia.
- Menos de um ano desde o diagnóstico até a necessidade de um tratamento sistêmico (terapia alvo, imunoterapia ou quimioterapia).
- Estado geral de saúde ruim.
O sistema IMDC inclui:
- Taxa de glóbulos brancos (neutrófilos) elevada.
- Taxa de plaquetas elevada.
- Nível de cálcio no sangue elevado.
- Anemia.
- Menos de um ano desde o diagnóstico até a necessidade de um tratamento sistêmico (terapia alvo, imunoterapia ou quimioterapia).
- Estado geral de saúde ruim.
Para cada um desses sistemas:
- Pacientes com nenhum desses fatores acima são considerado de baixo risco e com bom prognóstico.
- Aqueles que têm 1 ou 2 fatores são considerados de prognóstico intermediário.
- E os que têm 3 ou mais desses fatores são considerados com um prognóstico reservado e com menor probabilidade de se beneficiar de determinados tratamentos.
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Estadiamento do Câncer.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/02/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.