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Conheça os tratamentos disponíveis para o câncer de mama avançado

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Embora a cirurgia ou a radioterapia possam ser úteis em algumas situações, a terapia sistêmica é o principal tipo de tratamento para pacientes com câncer de mama avançado. Dependendo de muitos fatores, uma das modalidades do tratamento sistêmico pode ser realizada isoladamente ou em combinação com outros desses tratamentos.

Tratamento Sistêmico

Os tratamentos sistêmicos utilizam medicamentos ​​para destruir as células cancerígenas que se espalharam para outras partes do corpo. Ao contrário da cirurgia e da radioterapia, que incidem sobre a região do tumor primário, os tratamentos sistêmicos atingem todo o corpo. Os tratamentos sistêmicos incluem:

1 - Terapia Hormonal

As pacientes que são HR+ geralmente recebem tratamento hormonal. O tratamento hormonal bloqueia o estrogênio e barra a progressão do tumor. O tratamento hormonal é um tratamento primário para câncer de mama avançado HR+. Para muitas pacientes, ajuda a controlar a doença e impede que ela se agrave, por um período de tempo.

Existem muitos tipos de tratamentos hormonais. Alguns bloqueiam diretamente o estrogênio, enquanto outros suprimem a produção de estrogênio pelos ovários.

Algumas terapias hormonais, como o tamoxifeno, ligam os receptores de estrogênio às células cancerígenas, impedindo que ele se fixe no receptor. Outras terapias, como os inibidores de aromatase, diminuem o nível de estrogênio no corpo, de modo que as células cancerígenas não conseguem obter o estrogênio que necessitam.

Alguns medicamentos de terapia hormonal, como o tamoxifeno e os inibidores da aromatase, são administrados via oral. Outros, como a goserelina, são injetáveis. A seguir listamos os medicamentos comumente utilizados na terapia hormonal para câncer de mama inicial e recidivas local.

A escolha da terapia hormonal depende do estado menopausal e dos tratamentos hormonais anteriores.

Terapias Hormonais comumente utilizadas para Câncer de Mama Inicial e Recidiva Local

Medicamento

Estado Menopausal

Forma de administração

Tamoxifeno

Pré e pós-menopausa

Oral

Anastrozol

Pós-menopausa

Oral

Letrozol

Pós-menopausa

Oral

Exemestane

Pós-menopausa

Oral

Goserelin

Pós-menopausa

Injetável

Leuprolide

Pós-menopausa

Injetável


Terapias Hormonais comumente utilizadas para Câncer de Mama Avançado

Medicamento

Estado Menopausal

Forma de administração

Anastrozol

Pós-menopausa

Oral

Exemestane

Pós-menopausa

Oral

Fulvesteranto

Pós-menopausa

Injeção

Goserelin

Pré-menopausa

Injeção

Letrozol

Pós-menopausa

Oral

Leuprolide

Pré-menopausa

Injeção

Acetato de Megestrol

Pré e pós-menopausa

Oral

Tamoxifeno

Pré e pós-menopausa

Oral

Toremifene

Pós-menopausa

Oral


          Terapia Hormonal para Mulheres na Pré-Menopausa

Para as mulheres na pré-menopausa, a terapia hormonal geralmente começa com a supressão ovariana. Isto reduz os níveis de hormônio no corpo de modo que o tumor não possa obter o estrogênio necessário para crescer. Isso pode envolver cirurgia para remover os ovários (ooforectomia) ou, mais frequentemente, o uso de medicamentos (como a goserelina) para bloquear a produção de hormônios pelos ovários.

O tamoxifeno também é utilizado para tratar o câncer de mama avançado em mulheres na pré-menopausa. No entanto, ele não pode ser uma opção de tratamento para as mulheres cuja doença se disseminou durante o tratamento anterior com tamoxifeno.

A combinação de supressão ovariana e tamoxifeno pode melhorar a sobrevida em relação a qualquer outro tratamento isolado.

          Terapia Hormonal para Mulheres na Pós-Menopausa

A terapia hormonal para mulheres na pós-menopausa pode ser realizada com tamoxifeno (ou outro medicamento antiestrogênio) ou um inibidor da aromatase. Se o primeiro tipo de medicamento parar de responder e a doença começar a avançar, um segundo medicamento pode ser usado. Se o segundo medicamento também parar de responder, tenta-se outro e assim por diante. Em algum momento, embora isso possa levar anos, a terapia hormonal quase sempre deixa de ser eficaz. Neste momento, a quimioterapia pode ser recomendada.

A supressão ovariana não é útil para as mulheres na pós-menopausa porque os ovários já pararam de produzir grandes quantidades de estrogênio. Entretanto, as mulheres na pós-menopausa ainda produzem uma pequena quantidade de estrogênio no tecido adiposo e nas glândulas suprarrenais.
 
          Terapia Hormonal e Everolimus


Os inibidores de mTOR são uma forma de terapia alvo, que pode aumentar o benefício da terapia hormonal. O inibidor de mTOR everolimus é um medicamento aprovado para o tratamento de câncer de mama receptor hormonal positivo, câncer de mama avançado HER2/neu-negativo, em mulheres na pós-menopausa que foram tratadas com um inibidor de aromatase (letrozol ou anastrozol). Alguns estudos mostraram que a combinação do everolimus com o inibidor de aromatase exemestano pode ser mais eficaz que o exemestano sozinho. Everolimus é administrado via oral.
 
          Efeitos Colaterais do Everolimus


Os efeitos colaterais do everolimus incluem úlceras na boca, infecções, erupção cutânea, fadiga, diarreia, diminuição do apetite e, em casos raros, problemas pulmonares.

2 - Quimioterapia


A quimioterapia é o uso de medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais. A quimioterapia pode ser administrada por via oral ou intravenosa e, geralmente, é dada em ciclos, com cada período de tratamento seguido por um período de descanso, para permitir que o corpo possa se recuperar. O tratamento geralmente não requer internação hospitalar, sendo frequentemente administrado em regime de ambulatório.

No câncer de mama avançado, a quimioterapia é geralmente administrada às pacientes RH+ que se tornaram resistentes ao tratamento hormonal ou às pacientes com câncer de mama avançado triplo negativo. Mas, pode também ser dada a algumas pacientes que são RH- e HER2+.

A quimioterapia é o primeiro tipo de tratamento indicado para pacientes com tumores receptores de hormônios negativos e para aquelas com metástases que ameaçam a vida. É também utilizada no tratamento de tumores que não respondem à terapia hormonal. Uma vantagem da quimioterapia é o tempo de resposta. A quimioterapia reduz tumores mais rápido do que a terapia hormonal. No entanto, a quimioterapia destrói tanto as células cancerosas como as células saudáveis. A quimioterapia também pode ser combinada com outras terapias para potencializar sua eficácia.

O objetivo do tratamento quimioterápico é retardar o crescimento das células tumorais. Se o tumor começar a crescer novamente, o que muitas vezes acontece ao longo do tempo, o médico pode prescrever outro esquema de tratamento.

Assim como acontece com as terapias hormonais, se a paciente não responder ao primeiro quimioterápico ou combinação de medicamentos utilizados e continuar a crescer, uma segunda ou terceira droga pode ser administrada. Entretanto, a cada novo medicamento é menos provável que o tumor reduza de tamanho. Se o tumor diminuir, muitas vezes o faz por um curto período de tempo com cada nova droga. Não é incomum as pacientes fazerem vários esquemas de quimioterapia (geralmente quatro ou mais) durante o tratamento para câncer de mama metastático.

3 - Terapia Alvo

A terapia alvo é um tipo de tratamento que ataca especificamente às características das células cancerígenas. Ela se concentra em determinadas moléculas que se sabe estarem envolvidas no crescimento e disseminação dos tumores.

A terapia alvo também pode ser administrada junto com o tratamento hormonal ou com a quimioterapia.

          Câncer de Mama HER2/neu-positivo

Cerca de 15 a 20 por cento dos cânceres de mama tem quantidades elevadas da proteína HER2/neu na superfície de suas células. A proteína HER2/neu é importante para o crescimento das células cancerígenas.

O estado do HER2/neu é determinado analisando o tecido do tumor.

          Trastuzumabe


O trastuzumabe é um anticorpo que tem como alvo as células cancerígenas HER2/neu.  Quando ligado à proteína HER2/neu, o trastuzumabe retarda ou impede o crescimento destas células.

Os protocolos clínicos em mulheres com câncer de mama metastático têm mostrado que o trastuzumabe pode reduzir o tamanho dos tumores e retardar seu desenvolvimento, quando utilizado sozinho ou combinado com quimioterapia. O trastuzumabe é eficaz como um primeiro tratamento para o câncer de mama avançado HER2/neu-positivo, bem como no tratamento do câncer de nana metastático que começou a progredir com a quimioterapia, é administrado via intravenosa.

Em alguns casos, os tumores HER2/neu podem se disseminar para o cérebro. Como o trastuzumabe não é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica, não é utilizado para tratar metástases cerebrais.

          Efeitos Colaterais e Riscos do Trastuzumabe

O trastuzumabe tem menos efeitos colaterais do que a quimioterapia. Não provoca perda de cabelo, náusea ou vômitos, e não tem nenhum efeito sobre a medula óssea.

Em casos raros, as mortes devido a problemas cardíacos ou pulmonares têm sido associadas ao uso de trastuzumabe. Embora a probabilidade de um evento como esse seja pequeno, discuta este risco com seu médico antes de iniciar o tratamento. O médico solicitará exames do coração antes e durante o tratamento para garantir que não haja problemas.

          Trastuzumabe Emtansina (T-DM1, Kadcyla)


O trastuzumabe emtansina (T-DM1, Kadcyla) é um novo tipo de terapia alvo para câncer de mama avançado HER2/neu-positivo. T-DM1 consiste em trastuzumabe, junto com  quimioterapia chamada DM1. A combinação desses medicamentos permite que a administração da quimioterapia tenha como alvo  as células cancerígenas HER2/neu-positivo. O T- DMI1 é administrado via intravenosa.

Um estudo recente mostrou que o medicamento T -DM1 aumenta a sobrevida global mais do que o quimioterápico capecitabina associado a lapatinibe em mulheres com câncer de mama avançado HER2/neu-positivo. O FDA já aprovou o uso do T -DM1 para o tratamento de câncer de mama avançado HER2/neu-positivo que progrediram com o trastuzumabe e a quimioterapia com taxanos.

          Efeitos Colaterais da T-DM1

Os possíveis efeitos colaterais do T-DM1 incluem náuseas, fadiga, dores musculares e articulares, diminuição da contagem de glóbulos brancas, dor de cabeça e constipação. Mas, também pode causar problemas cardíacos e hepáticos. Não causa perda de cabelo.

          Lapatinibe

Os inibidores de tirosina-quinase, como o lapatinibe, são uma classe de medicamentos que tem como alvo enzimas importantes para as funções celulares. Estas medicamentos podem bloquear as enzimas tirosina-quinase.

O lapatinibe foi aprovado para o tratamento de câncer de mama metastático HER2/neu-positivo em mulheres que já fizeram quimioterapia e usaram trastuzumabe. O lapatinibe é administrado por via oral.

O lapatinibe combinado com quimioterapia pode aumentar a sobrevida, em comparação com a quimioterapia isolada em mulheres com câncer de mama metastático HER2/neu-positivo.

Alguns estudos mostraram que o lapatinibe combinado com o inibidor da aromatase letrozol pode aumentar o intervalo para a doença se disseminar comparado com o uso isolado de letrozol em mulheres com receptores hormonais positivos.

Outro estudo clínico mostrou que o lapatinibe combinado com trastuzumabe pode aumentar o intervalo de tempo para a disseminação da doença em comparação com o uso de trastuzumabe isolado em mulheres com câncer de mama avançado HER2/neu-positivo.

Os resultados preliminares com o lapatinibe são promissores para o câncer de mama HER2/neu-positivo com metástases cerebrais, uma vez que atravessa a barreira hematoencefálica. A maioria dos medicamentos alvo, incluindo o trastuzumabe, não atravessa esta barreira. Em casos raros, o lapatinibe pode ajudar a reduzir ou retardar o crescimento das metástases cerebrais .

Também encontrasse em estudo o uso de lapatinibe combinado com trastuzumabe para o tratamento neoadjuvante do câncer de mama não metastático.

          Efeitos Colaterais do Lapatinibe

Os efeitos colaterais do lapatinibe incluem diarreia, náuseas, vômitos, prurido e fadiga. Em casos raros, tem sido associado a problemas de fígado e pulmão .

          Pertuzumabe

O pertuzumabe é um anticorpo que tem como alvo as células cancerosas HER2/neu-positivo de um modo diferente do que o trastuzumabe. O pertuzumabe foi aprovado para tratamento de câncer de mama metastático HER2/neu-positivo que não tenha sido tratado com quimioterapia, trastuzumabe ou lapatinibe. É administrado via intravenosa.

Os resultados de um estudo recente mostraram que o pertuzumabe combinado com o trastuzumabe e quimioterapia desacelerou o crescimento do câncer de mama metastático HER2/neu-positivo, aumentando a sobrevida, quando comparado com trastuzumabe e quimioterapia isolados.

          Efeitos Colaterais do Pertuzumabe

Os possíveis efeitos colaterais do pertuzumabe incluem diarreia, erupções cutâneas, feridas na boca, baixa contagem de células brancas do sangue e pele seca.

Terapia Biológica


As terapias biológicas utilizam o sistema imunológico do corpo para lutar contra o câncer ou para diminuir os efeitos colaterais provocados por alguns tratamentos. Os modificadores da resposta biológica ocorrem naturalmente no corpo, e podem ser produzidos em laboratório. Eles alteram a interação entre as defesas imunológicas do corpo e as células cancerígenas para impulsionar, dirigir ou restaurar a capacidade do organismo para combater a doença.

As terapias biológicas incluem interferons, interleucinas, fatores estimuladores de colônias, anticorpos monoclonais, vacinas, terapia genética e agentes imune específicos. Um agente imunomodulador inespecífico é uma substância que estimula o sistema imunológico de uma forma geral, e aumenta a capacidade do corpo para combater o câncer, infecções ou outras doenças.

Radioterapia

O tratamento radioterápico utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células cancerígenas. A radioterapia para o câncer de mama avançado é realizada em grande parte para reduzir a dor das metástases ósseas, o que pode aliviar os sintomas nos pontos específicos para onde a doença se disseminou. Mas, também é realizada para tratar um pequeno número de metástases em determinado local, para prevenir fraturas ósseas e quando uma área de metástase está pressionando a medula espinhal.

Cirurgia

A cirurgia é muitas vezes o primeiro tratamento na fase inicial da doença. A maioria das pacientes realiza a cirurgia para retirar o tumor na fase inicial. No entanto, a cirurgia para as pacientes que vivem com câncer de mama avançado nem sempre faz parte do esquema de tratamento. Os dois tipos mais comuns de cirurgia para pacientes com câncer de mama são a mastectomia e a lumpectomia. No caso de pacientes com câncer de mama avançado, possivelmente um tumor pode ser ter sido deixado na mama. Você deve consultar seu médico para determinar a melhor forma de tratamento para a sua situação individual.
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