Biópsia para diagnóstico do tumor de Ewing

A biópsia é a única maneira de fazer o diagnóstico definitivo do tumor de Ewing. A biópsia consiste na remoção de uma pequena quantidade de tecido para exame ao microscópio.
 
A amostra removida pela biópsia é analisada por um patologista, médico especializado na interpretação de exames laboratoriais e avaliação de células, tecidos e órgãos para diagnosticar a doença. Se células cancerígenas estão presentes, o patologista determinará o tipo de tumor de Ewing a que corresponde.
 
Os principais tipos de biópsias para diagnóstico do tumor de Ewing são:

  • Biópsia incisional. Na maior parte dos casos em que existe uma suspeita de um tumor de Ewing é realizada a biópsia incisional. Neste procedimento, é retirada apenas uma amostra do tumor, o que pode ser feito por biópsia cirúrgica ou biópsia por agulha. As biópsias incisionais em adolescentes e adultos são realizadas com anestésico local, mas em crianças são mais frequentemente feitas sob anestesia geral.
  • Biópsia excisional. A biópsia excisional consiste na retirada completa do tumor, desde que o mesmo seja pequeno e tenha uma localização de fácil acesso.
  • Aspiração da medula óssea e biópsia. A biópsia e aspiração da medula óssea é realizada para verificar se as células cancerígenas se espalharam para a medula óssea e partes internas de certos ossos. Esse procedimento não é feito para diagnosticar tumores de Ewing, mas para diagnosticar se o tumor se disseminou para a medula óssea. A aspiração da medula óssea e biópsia se realizam simultaneamente e, na maioria dos casos, as amostras são retiradas dos ossos da região pélvica. Os procedimentos podem ser feitos isoladamente, no momento da biópsia ou durante a cirurgia para retirada do tumor. As amostras de medula óssea retiradas são enviadas para análise em um laboratório de patologia.

Análise das amostras de biópsia
 
O patologista analisa todas as amostras recolhidas sob um microscópio para determinar se elas contêm (ou não) câncer, determinando o tipo do tumor de Ewing. Entretanto, como as células dos tumores de Ewing compartilham muitas das mesmas características que as células de outros tipos de câncer, outras análises de laboratório podem ser realizadas.

  • Imunohistoquímica. Nesta técnica, uma amostra da biópsia é tratada com proteínas específicas (anticorpos) que se ligam às substâncias encontradas nas células do tumor de Ewing, mas não de outros tipos de câncer.
  • Testes cromossômicos. As células humanas normais têm 23 pares de cromossomos, cada um com certo tamanho e aparência sob o microscópio. As células tumorais de Ewing quase sempre têm translocações cromossômicas, onde dois cromossomos trocam partes de seu DNA. Na maioria dos casos, as células têm translocações entre os cromossomos 22 e 11. O diagnóstico dessas alterações permite a identificação dos tumores de Ewing e de outros tipos de câncer.
  • Citogenética. Neste exame, os cromossomos das células tumorais são observados sob um microscópio para encontrar qualquer alteração. O exame de citogenética convencional, geralmente, demora de 2 a 3 semanas para ficar pronto, porque as células cancerosas devem se desenvolver em laboratório até que seus cromossomos possam ser visualizados sob o microscópio.
  • Hibridização fluorescente in situ (FISH). FISH é um exame que usa corantes fluorescentes para diagnosticar alterações cromossômicas específicas em tumores de Ewing. O FISH pode diagnosticar a maioria das alterações cromossômicas, como translocações, que são visíveis ao microscópio nos exames de citogenética convencional, bem como algumas alterações muito pequenas que, geralmente, não são visualizadas nos exames convencionais. Ele é muito preciso e      pode fornecer resultados dentro de poucos dias.
  • Reação em cadeia da polimerase (PCR). A PCR é um exame sensível que é capaz de detectar um pequeno número de células com translocações, que não seriam encontradas por citogenética. A PCR é também útil na procura de resíduos de tumor e recidiva da doença após o tratamento. Por exemplo, se o exame PCR de uma amostra de medula óssea após o tratamento detectar células com uma translocação típica do tumor de Ewing é provável que ainda exista a doença e o tratamento deva ser complementado.
  • Testes genômicos. Alguns exames de laboratório recentes analisam todos os genes dentro das células cancerígenas simultaneamente. Esses exames, também conhecidos como sequenciamento de próxima geração, às vezes, podem orientar o tratamento do câncer.

 Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Biópsia e Citologia das Amostras.
 
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 25/05/2021, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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