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Astrocitoma

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O que é

Os gliomas caracterizados como astrocitomas são crescimentos anormais de células chamadas astrócitos, localizadas no cérebro ou na medula espinhal. Os astrócitos dão suporte e conectam células nervosas nessas duas localidades. 

Alguns astrocitomas crescem lentamente e, por isso, não são considerados cancerígenos (astrocitomas benignos). No entanto, a maioria dos astrocitomas cresce rapidamente e é considerada um tumor cerebral maligno.

Tipos de astrocitomas:

Grau 1. São mais incidentes em crianças e adolescentes e são raros em adultos com mais de 50 anos. Eles são igualmente incidentes em homens e mulheres. As principais características do astrocitoma de grau 1 são:

  • Crescimento lento, às vezes muito lento.
  • Relativamente contido (bordas bem definidas), o que pode facilitar a remoção completa.
  • Improvável de se espalhar para outras partes do cérebro.
  • Improvável de recidivar após ser removido cirurgicamente.
  • Normalmente carrega uma mutação no gene BRAF.

Grau 2. São mais incidentes em adultos entre 20 e 45 anos, com mais casos em homens do que em mulheres. As principais características do astrocitoma de grau 2 são:

  • Crescimento lento.
  • Difuso (sem bordas definidas), o que pode dificultar a remoção completa.
  • Às vezes pode recidivar após o tratamento, como um tumor de grau 3.

Grau 3. Os astrocitomas de grau 3 são um tipo de glioma de alto grau. Eles são mais frequentes em adultos entre 30 e 70 anos e mais incidentes em homens. As principais características do astrocitoma de grau 3 são:

  • Crescimento rápido.
  • Frequentemente são malignos.
  • Frequentemente recidivam em uma forma mais avançada.

Grau 4. São um tipo de glioma de alto grau, antigamente eram conhecidos como glioblastomas, atualmente a OMS classifica como glioblastomas apenas os que possuem IDH selvagem, ou seja, sem mutações. São os mais agressivos de todos os tipos de astrocitoma.

Sinais e sintomas

Os sinais e sintomas do astrocitoma dependem do local no qual o tumor se origina, o que pode ocorrer no cérebro, no cerebelo, nervo óptico ou na medula espinhal.

Os sintomas de astrocitomas no cérebro podem incluir:

  • Convulsões, que podem provocar perda de consciência ou alterações no comportamento.
  • Dor de cabeça.
  • Náuseas e vômitos.
  • Alterações na personalidade.
  • Problemas na fala.
  • Fadiga ou fraqueza.

Os sintomas de astrocitoma no cerebelo e nevo óptico podem incluir:

  • Dificuldades no andar.
  • Problemas de equilíbrio.
  • Alterações na visão.
  • Cegueira

Os sintomas de astrocitomas na medula espinhal podem incluir:

  • Dor na região do tumor.
  • Dor que piora durante a noite.
  • Fraqueza nos braços ou pernas que piora com o tempo.
  • Dificuldade para andar.

Causas

Possíveis causas do astrocitoma são desconhecidas. 

O astrocitoma ocorre quando os astrócitos desenvolvem alterações no DNA. Em células saudáveis, o DNA contém as instruções para as células crescerem, se multiplicarem e morrerem na quantidade e tempo certos. Em células tumorais, as alterações no DNA dão instruções falhas, fazendo com que as células se multipliquem mais rápido e em maior quantidade do que deveriam, além de continuarem vivas por mais tempo. e 

As células tumorais formam um tumor ou massa que pode comprimir partes adjacentes do cérebro ou da medula espinhal conforme vai crescendo. As mutações no DNA também podem fazer com que as células do tumor se tornem cancerígenas, podendo invadir e destruir os tecidos saudáveis.

Fatores de risco

Os fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver um astrocitoma incluem:

  • Radioterapia prévia. Pacientes tratados com radioterapia para outro tipo de câncer, especialmente na região da cabeça e pescoço, têm um risco aumentado de desenvolver astrocitoma.
  • Idade. O astrocitoma pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais comum em adultos entre 30 e 55 anos.
  • Síndromes hereditárias. Algumas síndromes hereditárias, como neurofibromatose tipo 1, síndrome de Lynch e síndrome de Li-Fraumeni, aumentam o risco de uma pessoa ter um astrocitoma. Nesses casos, não há como prevenir a doença. 

Diagnóstico

Os exames e procedimentos utilizados para diagnosticar o astrocitoma incluem:

  • Exame neurológico. Durante o exame neurológico serão avaliados sinais e sintomas da visão, audição, equilíbrio, coordenação motora, força e reflexos. Alterações em um ou mais desses exames eventualmente mostrarão o local do cérebro que pode estar sendo afetado por um tumor cerebral.
  • Exames de imagem. Permitem determinar a localização e tamanho do tumor cerebral e eventualmente inferir o diagnóstico. A ressonância magnética é o exame mais comum para identificar tumores cerebrais, podendo ser a ressonância magnética funcional, a ressonância magnética de perfusão e a espectroscopia de ressonância magnética. Outros exames de imagem podem incluir a tomografia computadorizada e a tomografia por emissão de pósitrons (PET scan).
  • Biópsia. A retirada de uma amostra de tecido para análise anatomopatológica pode ser realizada durante a cirurgia para remover o astrocitoma. Os resultados dessa análise fornecem informações detalhadas sobre as características das células tumorais, definem o prognóstico do paciente e permitem que os médicos criem um plano de tratamento.

Tratamentos

Os tratamentos utilizados para o astrocitoma incluem:

  • Cirurgia. Para alguns pacientes, a cirurgia pode ser o único tratamento necessário. Para outros, mais tratamentos podem ser indicados para destruir quaisquer células tumorais remanescentes e diminuir o risco da recidiva.
  • Radioterapia. A radioterapia pode ser realizada após a cirurgia quando o tumor não foi completamente removido ou se existir um risco de recidiva da doença. Ela pode ser administrada junto com a quimioterapia para tumores que crescem rapidamente. Para os pacientes que não podem fazer cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia podem ser realizadas como tratamento de primeira linha. 
  • Quimioterapia. A quimioterapia usa medicamentos para destruir as células tumorais, que podem ser administrados por via oral ou subcutânea. A quimioterapia costuma ser administrada após a cirurgia para destruir quaisquer células tumorais remanescentes. Também pode ser administrada junto com a radioterapia para tumores que crescem rapidamente.
  • Ensaios clínicos. Participar de um estudo clínico com novos tratamentos pode ser uma opção terapêutica mais recente para os pacientes, no entanto, os efeitos colaterais podem ainda não ter sido completamente determinados.  
  • Cuidados paliativos. Também conhecidos como cuidados de suporte, se centram na qualidade e não na duração da vida. Oferecem assistência humana e compassiva para os pacientes que se encontram em fase avançada ou crônica de uma doença que não pode mais ser curada para que possam viver o mais confortavelmente possível e com a máxima qualidade. 

Texto originalmente publicado nos sites Mayo Clinic, Cancer Research Uk e The Brain Tumour Charity, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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