Tocou o telefone, ao atender o médico se identificou, comunicou que eu estava com câncer epidermóide de canal anal e que deveria ir imediatamente para Porto Alegre para, talvez, fazer amputação de reto e colostomia.

 

Senti o chão abrir e eu lá dentro, mortinho da silva... Após impacto, fui à luta, quimioterapia, radioterapia, muito pensamento positivo. Cada quimio e radio eu dizia para o câncer: estou te destruindo, não conseguirás sobreviver a esse bombardeio de quimio e radio. Resultado - curado.

 

Em 2013, novamente apareceu câncer metastático no retroperitônio. O médico chamou a minha família e comunicou que não havia mais nada a fazer. Conversei com o oncologista, disse a ele que estava pronto para uma nova batalha e assim foi feito, com quimioterapia. Resultado - doença regrediu e comecei a participar de maratonas.

 

Em junho apareceu metástase em outra região do peritônio e realizei uma colostomia. No dia 25 de julho começo a quimioterapia firme e forte, na certeza que tudo vai dar certo.

 

No meu caso, é mais difícil por que sou enfermeiro e sei exatamente o que está acontecendo. Quando o médico fala em estatística, digo que não faço parte da estatística, que quem comanda minha vida sou eu e não a doença.

 

Não deixe a doença comandar, lute, pense positivo, não se abale e você conseguirá vencer a batalha!