Meu nome é Ariane, sou filha do Hamilton, que tem 72 anos. 

Apareceu uma ferida no braço esquerdo do meu pai, pequena, que aumentou um pouco, no início de pandemia não existia vacina por medo do COVID, adiamos ida ao dermatologista, quando retirado no dermatologista a biópsias: melanoma nível 3 com encaminhamento para oncologista. 

Quase caí da cadeira quando coloquei no google (melanoma), foi assustador chorei muito e meu pai dizia, calma filha, não sinto nada, vai ficar tudo bem. 

Conseguimos a cirurgia com médico especialista em melanoma na cidade de Campinas, pelo SUS (PUCC), correu tudo bem, graças a Deus! 

A recuperação foi ótima! Só Deus sabe o que passamos, eu sentia tanto medo, mas não podia demonstrar, ele precisa de segurança e esperança. Quando precisava chorar de medo eu me escondia dele, chorava sozinha em casa embaixo chuveiro.

Após a cirurgia retornamos com o oncologista do plano, que disse vamos iniciar a imunoterapia. Explicou o que era como funcionaria, mas fico tão ansiosa nas consultas que perco metade do que o médico fala. Hoje já consigo absorver melhor tudo que é dito, às vezes coloco o celular para gravar. 

Pesquisei google e me animei resultados bons, mas tratamento não tem no SUS e medicação muito cara, pensei: oh meu Deus, será uma luta pra conseguir que plano saúde cubra, me antecipei procurei advogada para ingressarmos com ação judicial a fim de que o plano buscasse o tratamento. Cada sessão custa R$ 22.000,00, alguns dias se passaram e secretaria do oncologista me ligou e falou: Ariana primeira sessão do seu pai é dia tal (2 dias depois) muito feliz pensei, Deus será milagre, negócio super caro conseguimos tão fácil assim?

Depois soube que é protocolo dos planos de saúde cobertura deste tratamento. Eu sofri à toa por falta de informação. Isso é muito comum em nós cuidadores, agora aprendi a não sofrer tanto sem saber o que é, como é, etc.

 Fizemos 1º sessão da imunoterapia e foi um sucesso, nenhum efeito colateral, agendada a 2º sessão para dia 07/06. Estamos vivendo um milagre atrás do outro, quando do diagnóstico pensei preciso me apegar em algo de bom: 1º Deus e depois a medicina, confiei na medicina fizemos tudo exatamente como médico solicitou e pedi Deus milagre na vida do meu pai e ele tem se concretizado a cada dia, peço que ele não sinta dores e ele de fato não sente nada nada.

 Só quis compartilhar para que acreditem em Deus nos milagres que ele é capaz de fazer nas nossas vidas.