Novidades no tratamento do linfoma de Hodgkin

Muitas pesquisas sobre linfoma de Hodgkin estão em desenvolvimento em diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços nas causas da doença e como melhorar os tratamentos.

  • Exames de imagem

A tomografia por emissão de pósitrons (PET scan) e combinações de PET scan com a tomografia computadorizada (PET/CT) são considerados muito úteis na determinação da extensão do linfoma de Hodgkin e na avaliação da eficácia do tratamento. O PET scan é frequentemente usado no início do tratamento para definir o tipo de terapia a ser administrado. Os médicos também estão analisando se essas imagens realizadas durante o tratamento ajudariam a decidir se é necessário mais ou menos tratamento.
 
Os pesquisadores estão também avaliando o uso da ressonância magnética em crianças e adolescentes com linfoma de Hodgkin. Isso significaria menos exposição às radiações e diminuiria os efeitos colaterais a longo prazo em pacientes jovens.
 
Tratamento
 
Em geral, as taxas de cura para o linfoma de Hodgkin são altas, mas os efeitos colaterais do tratamento a longo prazo são uma questão importante. Uma área ativa da pesquisa é dirigida ao aprendizado de quais pacientes podem ser tratados com terapia mais leve e quais necessitam de um tratamento mais agressivo.

  • Radioterapia

Os pesquisadores estão avaliando quais pacientes, especialmente crianças, podem receber o tratamento com menos dose de radiação, ou mesmo sem radioterapia. Os pesquisadores também estão estudando se novas formas de radioterapia, como a radioterapia de intensidade modulada (IMRT) e terapia por feixe de prótons, pode ser útil para o linfoma de Hodgkin. Essas abordagens concentram a radiação precisamente sobre os tumores, o que limita as doses nos tecidos adjacentes normais.

  • Quimioterapia

Outra área de pesquisa é encontrar tratamentos menos tóxicos com menos efeitos colaterais importantes e de longo prazo, mas que apresentem altas taxas de cura para o maior número possível de pacientes. Para isso, estão sendo estudados o uso de doses mais baixas de quimioterapia, com como novos medicamentos quimioterápicos e diferentes combinações. Muitos desses medicamentos já estão em uso no tratamento de outros tipos de câncer e têm se mostrado promissores contra a recidiva do linfoma de Hodgkin após outros tratamentos com quimioterapia terem sido tentados.

  • Terapia-alvo

Novas terapias-alvo que agem de forma diferente dos medicamentos quimioterápicos convencionais também estão sendo estudadas. Os pesquisadores têm agora uma melhor compreensão sobre as alterações genéticas encontradas nas células do linfoma de Hodgkin o que pode levar ao desenvolvimento de medicamentos que visam essas alterações poupando as células normais.
 
Algumas dessas terapias-alvo estão sendo estudadas em combinações, na esperança de serem mais eficazes quando administradas em conjunto. Muitas são administradas junto com outros tratamentos contra o câncer, como quimioterapia e/ou radioterapia.

  • Imunoterapia (Incluindo anticorpos monoclonais)

A imunoterapia é um tipo de tratamento que usa medicamentos que estimulam o sistema imunológico a destruir as células cancerígenas de forma eficaz. A imunoterapia têm se mostrado útil contra vários tipos de câncer, incluindo o linfoma de Hodgkin.
 
          Inibidores do controle imunológico
 
As células do sistema imunológico normalmente têm proteínas que atuam como pontos de controle para evitar que o sistema imunológico ataque outras células saudáveis no organismo. As células cancerígenas, às vezes, usam esses pontos de controle para evitar serem atacadas pelo sistema imunológico. Atualmente, os medicamentos que bloqueiam esses pontos de controle são usados no tratamento do linfoma de Hodgkin após outros tratamentos terem sido tentados. Além, dos pesquisadores estarem avaliando outras maneiras de usar esses medicamentos. Por exemplo, eles estão analisando se esses medicamentos podem ser usados como terapia de manutenção para evitar a recidiva da doença após um transplante de medula óssea.
 
          Terapia de células T do receptor de antígeno quimérico (CAR-T cells)
 
Neste tratamento, as células T são removidas do sangue do paciente e alteradas em laboratório para ter receptores específicos denominados receptores de antígenos quiméricos (CARs) em sua superfície. Esses receptores podem se ligar as proteínas na superfície das células do linfoma. As células T são então multiplicadas no laboratório e devolvidas ao paciente, onde procuram as células do linfoma, atacando o sistema imunológico do paciente.
 
Essa técnica mostrou resultados promissores nos ensaios clínicos iniciais contra alguns linfomas de Hodgkin. Os pesquisadores ainda estão aprimorando a forma de produção das células T e buscando as melhores formas de usá-las. Atualmente, essa terapia está disponível apenas em ensaios clínicos.
 
          Anticorpos monoclonais
 
Os anticorpos monoclonais são proteínas, normalmente produzidas pelo sistema imunológico para ajudar a combater infecções. Cada anticorpo é concebido para só atacar um alvo específico. Alguns podem destruir as células cancerígenas por si mesmas. Outros têm moléculas radioativas ou venenos celulares ligados a eles, que ajudam a destruir as células cancerígenas. Uma vantagem desses medicamentos é que, em geral, têm como alvo as células do linfoma, com menos efeitos colaterais do que os medicamentos quimioterápicos convencionais. Eles podem ser usados sozinhos ou em combinação com a quimioterapia.
 
Alguns anticorpos monoclonais, como brentuximabe vedotin e rituximabe, já estão em uso no tratamento do linfoma de Hodgkin. Atualmente, os pesquisadores estão avaliando se esses medicamentos podem ser úteis em outras situações. Por exemplo, brentuximabe está em estudo para verificar se pode ser útil no início do tratamento. Outros estudos estão avaliando se o rituximabe pode ajudar no tratamento de formas clássicas do linfoma de Hodgkin, bem como no  tipo predominantemente nodular.
 
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/05/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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