Novidades no Tratamento do Câncer de Bexiga

Muitas pesquisas sobre câncer de bexiga estão em desenvolvimento em diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços em alterações genéticas, diagnósticos e tratamentos. Confira:

  • Alterações genéticas

Durante as últimas décadas as pesquisas têm feito grandes progressos no entendimento das diferenças entre células normais e células cancerígenas. Os pesquisadores começam a entender melhor como essas diferenças levam células normais a crescer e se disseminar para outras partes do corpo.

Os pesquisadores agora estão procurando exames que identificam alterações genéticas nas células cancerígenas da bexiga para prever o prognóstico do pacientes com câncer de bexiga. Essas alterações genéticas também podem ajudar o médico a escolher o melhor tratamento ou
ou se esses exames são úteis para diagnosticar os tumores que podem recidivar após o tratamento.

  • Exames de urina

Vários exames mais recentes buscam identificar substâncias na urina que possam indicar se uma pessoa tem câncer na bexiga. Esses exames são usados principalmente no diagnóstico do câncer de bexiga e na detecção de recidivas em pacientes já tratados. Atualmente, os pesquisadores estão verificando se esses exames podem ser úteis para o rastreamento do câncer de bexiga em pessoas assintomáticas.

  • Cirurgia

Alguns cirurgiões estão usando uma nova abordagem para a cistectomia por meio de um painel de controle na sala de cirurgia onde realizam o procedimento com o auxílio da robótica assistida, através de várias pequenas incisões. Isso permite uma recuperação cirúrgica mais rápida. Essa técnica cirúrgica já é utilizada no tratamento de alguns outros tipos de câncer, como câncer de próstata, mas, ainda não está claro se ela é tão eficaz quanto a cirurgia padrão para retirar a bexiga. Essa abordagem ainda está em fase de estudo.

Outra área importante em estudo é a verificação da melhor forma de usar outros tipos de tratamentos junto com a cirurgia para preservar o máximo possível de bexiga. Os pesquisadores estão usando diferentes combinações de quimioterapia, radioterapia e imunoterapia para a preservação da bexiga.

  • Terapia intravesical

Os pesquisadores estão estudando uma série de novos medicamentos para reduzir a chance de recidiva após a cirurgia. A esperança é encontrar medicamentos melhores e/ou mais seguros do que os utilizados atualmente, como a BCG.

Os estudos atuais também estão avaliando o uso de diferentes quimioterápicos para a terapia intravesical, bem como diferentes maneiras de realizar os tratamentos. Por exemplo, estão analisando diferentes combinações de medicamentos para verificar se encontram uma resposta mais eficaz das células cancerígenas, além de adicionar um gel aos medicamentos para manter os medicamentos em contato com as células cancerígenas por mais tempo.

  • Terapia fotodinâmica

Alguns pesquisadores estão avaliando se a terapia fotodinâmica pode ser útil no tratamento do câncer de bexiga em estágio inicial. Nessa técnica, um medicamento sensível à luz é injetado no sangue e deixada por alguns dias para se acumular nas células cancerígenas. Em seguida, um tipo de luz laser é focada no revestimento interno da bexiga por meio de um cistoscópio. A luz altera o medicamento nas células cancerígenas em um novo produto químico que pode destrui-las.

A vantagem dessa técnica é destruir as células cancerígenas com poucos danos às células normais próximas. Uma desvantagem é que o produto químico deve ser ativado pela luz, portanto, apenas tumores próximos à superfície do revestimento da bexiga podem ser tratados desta forma. A luz não alcança os tumores mais profundos na parede da bexiga ou que se disseminaram para outros órgãos.

  • Terapia alvo

Os pesquisadores estão desenvolvendo novos medicamentos que atuam diretamente nas alterações celulares. Estes novos medicamentos alvo agem de forma diferente dos medicamentos quimioterápicos convencionais e têm diferentes efeitos colaterais.

Alguns destes medicamentos que estão sendo estudados para uso contra o câncer de bexiga incluem rogaratinib, lapatinib e erlotinib.

Outros medicamentos têm como alvo os vasos sanguíneos que permitem que os tumores cresçam. Estes são conhecidos como drogas antiangiogênese. Exemplos desses medicamentos incluem bevacizumab, sorafenib, cabozantinib e pazopanib, que já são utilizados para alguns outros tipos de câncer. Atualmente, eles estão sendo estudados para uso no tratamento do câncer de bexiga, geralmente combinados com quimioterapia.

  • Terapia gênica

A terapia gênica é outro método que está sendo testado para câncer de bexiga. Uma das abordagens desses testes utiliza vírus modificados em laboratório. O vírus modificado é injetado na bexiga para infectar as células cancerígenas. Quando essa infecção ocorre, o vírus injeta um gene nas células que pode ajudar às células do próprio sistema imunológico a atacar o câncer. Esta e outras abordagens na terapia gênica ainda estão em estágios iniciais de desenvolvimento e estudo.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 30/01/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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