Exames da medula óssea para síndrome mielodisplásica

As amostras são obtidas a partir da biópsia e aspiração da medula óssea, que são dois exames realizados ao mesmo tempo. São geralmente coletadas do osso da pelve, embora em alguns casos, possa ser do esterno ou outros ossos. Se apenas uma aspiração for feita, a amostra pode ser retirada do esterno. A biópsia da medula óssea é geralmente feita logo após a aspiração, com a retirada de uma amostra do osso com uma agulha.
 
A amostra é enviada a um laboratório para análise por um patologista, médico especializado na interpretação de exames laboratoriais e avaliação de células, tecidos e órgãos para diagnosticar a doença. Se células cancerosas estão presentes, o patologista determinará o tipo da síndrome mielodisplásica a que corresponde.
 
Os diferentes tipos de exames realizados nas amostras da medula óssea para diagnosticar a síndrome mielodisplásica são:

  • Citometria de fluxo e imunocitoquímica. Tanto para a citometria de fluxo como para a imunocitoquímica, as amostras de células são tratadas com anticorpos, que são proteínas que aderem apenas a certas proteínas nas células. Para a imunocitoquímica, as células são examinadas ao microscópio para verificar se os anticorpos se fixaram a elas, o que significa dizer que têm essas proteínas, enquanto que para a citometria de fluxo é usada uma máquina especial. Esses testes podem são úteis para distinguir diferentes tipos de síndrome mielodisplásica ou leucemia de outras doenças.
     
  • Teste de cromossomos. Esses testes analisam os cromossomos dentro das células. Cada célula deve ter 46 cromossomos (23 pares). Alterações cromossómicas são encontradas frequentemente na síndrome mielodisplásica.
     
  • Citogenética. As células da síndrome mielodisplásica podem ter cópias extras de todo ou parte de alguns cromossomos. Translocações cromossômicas podem também ser vistas. O exame de citogenética pode levar várias semanas para ficar pronto, porque as células da medula óssea precisam de tempo para crescer em laboratório antes de que seus cromossomos possam ser vistos sob o microscópio. Os resultados do exame citogenético descrevem as alterações cromossômicas que estão presentes. Por exemplo:
  1. Um sinal de menos (-) ou a abreviatura "del" é usada para significar uma eliminação. Por exemplo, se uma cópia do cromossomo 7 está faltando, pode ser escrita como -7 ou del (7). Em alguns casos apenas uma parte do cromossomo é perdida. Existem duas partes de um cromossomo, chamadas de p e q. Assim, a parte perdida é chamada cromossomo 5q é escrita 5q- ou del(5q).
  2. Um sinal positivo é usado quando há uma cópia extra de todos ou parte de um cromossomo.
  3. A letra t é usada para indicar uma translocação
  4. Alterações cromossômicas comumente observadas na síndrome mielodisplásica incluem deleções nos cromossomos 5 e 7 ou um cromossomo extra 8.
  • Hibridação fluorescente in situ (FISH). Este teste analisa o DNA celular usando corantes fluorescentes que se ligam apenas a alterações genéticas ou cromossômicas específicas. Uma vantagem do FISH é não exigir uma divisão ativa das células, o que permite que o exame seja realizado um pouco mais rápido do que o citogenético. O exame FISH pode detectar a maioria das alterações cromossômicas (como translocações), bem como algumas alterações muito pequenas que não são visualizadas na citogenética normal.
     
  • Reação em cadeia da polimerase (PCR). É um exame de DNA muito sensível, que pode detectar alterações mínimas no cromossomo, mesmo que haja poucas células anormais em uma amostra.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 22/01/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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