Como o câncer de próstata geralmente cresce de forma lenta, alguns homens, especialmente os mais velhos ou os que têm outros problemas importantes de saúde, muitas vezes não iniciam imediatamente o tratamento contra a doença. Nesses casos, os médicos recomendam abordagens conhecidas como conduta expectante (observação vigilante) ou vigilância ativa.
Alguns médicos utilizam esses termos para significar a mesma coisa, enquanto outros consideram significados diferentes:
Mas, nem todos os médicos concordam com essas definições ou de usá-las exatamente desta forma. Alguns médicos preferem não utilizar o termo vigilância ativa, pois parece implicar que nada está sendo feito, quando, na verdade, o paciente está sendo acompanhado de perto. Não importa qual o termo seu médico utilize, o importante é entender exatamente o que ele quer dizer quando se refere ao termo utilizado.
Essas abordagens podem ser indicadas se a doença não está provocando nenhum sintoma, se o tumor está se desenvolvendo lentamente (com base na pontuação de Gleason), é pequeno e está contido dentro da próstata, e, está associada a um nível baixo do PSA (<10ng/ml).
Essas abordagens não são uma boa opção se o tumor é de crescimento rápido (por exemplo, tem uma pontuação de Gleason alta) ou se já se disseminou (com base nos níveis do PSA). A vigilância ativa, geralmente não é oferecida a homens jovens e com bom estado geral de saúde, devido a possibilidade da doença se tornar um problema após 20 ou 30 anos.
A conduta expectante é uma opção razoável para alguns homens com tumores de crescimento lento porque não se sabe se tratar o câncer com cirurgia ou radioterapia realmente aumentará a sobrevida. Esses tratamentos têm riscos definidos e efeitos colaterais que podem superar os possíveis benefícios para alguns homens. Alguns homens não se sentem confortáveis com essa abordagem e preferem aceitar os possíveis efeitos colaterais dos tratamentos ativos para tentar remover ou destruir o câncer.
Até o momento, alguns estudos comparam a vigilância ativa com tratamentos, como cirurgia ou radioterapia. Pacientes submetidos a cirurgia ou radioterapia não tiveram aumento na sobrevida comparando com aqueles que realizaram vigilância ativa, mas a doença se manteve mais estável e se disseminou menos.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/08/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
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