Análise de novos dados do estudo Prostate Cancer Intervention vs. Observation Trial

Na última quarta-feira, 25, a New England Journal of Medicine publicou novos dados do estudo Prostate Cancer Intervention vs. Observation Trial (PIVOT), que indicam que a prostatectomia radical não reduziu de modo significativo a mortalidade nos homens com câncer de próstata localizado, se comparado à observação. 

A partir da leitura dos dados do estudo, o Comitê Científico do Instituto Oncoguia avalia que nos grupos de pacientes com a doença agressiva a cirurgia traz benefícios, enquanto naqueles com a doença pouco agressiva, não. 

Abaixo, o posicionamento do Instituto Oncoguia:

O estudo PIVOT, publicado na mais conceituada revista médica, a New England Journal of Medicine, aborda mais uma vez a necessidade questionável de se operar o câncer de próstata. 

Acontece que a maioria dos pacientes com diagnóstico de câncer de próstata têm idade avançada (acima de 65 anos de idade) e, como se trata de doença geralmente de crescimento lento, grande parte deles acaba falecendo anos mais tarde por outras causas que não o câncer. 

O estudo comparou dois grupos de pacientes, um tratado com cirurgia e o outro não, e acompanhou-os por muitos anos para avaliar quais deles morreriam antes.  

Como o trabalho incluiu pacientes com doença agressiva, doença de agressividade intermediária e doença pouco agressiva, os achados não demonstraram nenhuma vantagem em operá-los como primeira medida terapêutica. 

Mas a leitura mais cuidadosa dos dados, mostra que nos grupos de doença de agressividade maior havia sim um benefício em operar os pacientes ao diagnóstico; para o grupo chamado de baixo risco (doença pouco agressiva), não houve benefício em se tratar cirurgicamente logo ao diagnóstico.

Isto não é novidade. 

Sabemos que em casos iniciais da doença de baixa agressividade há três opções razoáveis de conduta: operar ‘de cara’, fazer radioterapia curativa, ou observar de forma vigilante. 

Para os pacientes que optam pela observação vigilante, o tratamento acaba sendo indicado somente quando a doença começa a ficar mais agressiva. Deste modo, o estudo PIVOT, por si só, não deve mudar aquilo que já é praticado em grandes centros, mas certamente reforça a confiança na observação vigilante como uma estratégia que, provavelmente, não terá como consequência maior mortalidade.

Câncer de próstata é curado com cirurgia e radioterapia. A grande questão está em selecionar qual paciente obrigatoriamente precisa ser curado e qual pode ser acompanhado com o câncer sem que vá morrer por causa da doença.
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