O que houve?
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do senado aprovou ontem (11), o
projeto
de lei nº 393/2015 do senador Reguffe (Sem partido-DF), que
dispõe sobre a obrigatoriedade de publicação na internet, com atualização
semanal, da lista de espera dos pacientes que serão submetidos a cirurgias
médicas eletivas realizadas com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) e dá
outras providências.
O relator da matéria, senador Otto Alencar (PSD-BA) informou que esse tipo de
procedimento já ocorre em outros países, e cita como exemplo Portugal, onde
existe o Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC).
"Naquele país, todas as pessoas que necessitam de cirurgia em uma unidade
pública têm o direito de ser incluídas em uma lista de espera", explica.
Em relatório apresentado, Otto julga necessário a realização de duas alterações.
A primeira trata da aplicação do que dispõe a Política Nacional de Regulação,
instituída pela Portaria GM/MS nº. 1.559, de 1º de agosto de 2008, sugerindo
que a referida proposição traga, no seu conteúdo, a determinação de que as
filas de espera para realização de cirurgias eletivas estejam submetidas a
processos de regulação do acesso, instituídos pelos gestores competentes do
SUS.
Outro aspecto importante é que a proposição deve deixar claro a que ente
federado compete a responsabilidade pela regulação e publicação das filas de
espera, definindo essa responsabilidade a partir da esfera gestora do
estabelecimento de saúde. A segunda emenda proposta foi apresentada no intuito
de flexibilizar a lista a partir de critérios estritamente médicos, devidamente
justificados e registrados. Isso porque, o quadro clínico do paciente sempre
pode agravar, o que torna necessária a adoção de medidas mais imediatas.
Além
disso, também é possível acontecer de novos pacientes necessitarem de
intervenções cirúrgicas com maior presteza, o que irá ocasionar a postergação
de casos menos graves.
E agora?
A matéria abrirá prazo para interposição de recurso. Caso não seja apresentado
o projeto seguirá para análise da Câmara dos Deputados.