Pacientes oncológicos no estado do Pará denunciam problemas para realizar exames

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  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 27/05/2020 - Data de atualização: 27/05/2020

Desde o começo da pandemia de coronavírus, pacientes do estado do Pará estão sem poder realizar o PET-FDG por causa da dificuldade de acesso ao contraste (FDG) usado no exame, conforme denúncia e investigação realizadas pelos próprios pacientes. 

Esse contraste não é fabricado no Pará e precisa ser enviado por avião para o estado. As fábricas mais próximas são em Fortaleza e Brasília.

Em Belém, apenas 3 locais realizam o PET, dois hospitais e uma clínica. Todos pedem o contraste do mesmo local (em Brasília), que chegava num voo direto, por volta das 13h. Mas com as mudanças na malha aérea acarretadas pela pandemia, esse voo foi cancelado causando um problema de logística. 

Segundo a voluntária do Instituto Oncoguia, Vanessa Costa, paciente com câncer de mama metastático, que fez a denúncia, foram feitas várias tentativas de entregar o contraste na cidade em voos diferentes, como à noite, cogitando a possibilidade de os pacientes realizarem o exame à noite, o que alguns aceitaram. Mas quando o contraste chegou no aeroporto para embarcar, o voo da noite havia sido cancelado em cima da hora. 

"Até 15 dias atrás, somente a Latam tinha autorização para transportar o contraste. Agora, Gol e Azul também foram autorizadas. Na última segunda-feira, a Gol iria realizar a entrega do material num voo noturno, só que na sexta-feira, ligaram cancelando o voo e, assim, os pacientes ficaram sem poder fazer o exame de novo", conta Vanessa. 

Esse contraste é fabricado no dia do exame, então são feitos por demanda para a quantidade exata de pacientes que realizarão o exame no dia em que são entregues. O material não pode ser estocado, o que acaba gerando o desperdício e um prejuízo quando ocorrem os cancelamentos aéreos.

"Por exemplo, estou agendada para hoje. Ontem me confirmaram. No final da tarde, a unidade de saúde passa para a fábrica quantos contrastes serão precisos para o dia seguinte, contando com o meu. Se acontecer algo e eu não puder ir, pago uma multa de mais de mil reais para arcar com o prejuízo do contraste. Com isso, com os cancelamentos de voos, a fábrica perde muito dinheiro e está preferindo não arriscar."

"Os impactos da COVID-19 na vida de quem está enfrentando um câncer são incalculáveis, esse é um exemplo de uma situação que jamais imaginávamos que poderia acontecer. Para uma paciente com doença ativa, a realização de exames de controle e ou monitoramento não pode parar",  diz Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia.

“Esse é um dos inúmeros problemas associados à pandemia. Mas em 99% dos casos, dá para fazer o acompanhamento do paciente com outros tipos de tomografia normais, em vez do PET. Essa pode ser uma alternativa temporária para solucionar provisioriamente o problema de logística do FDG”, destaca Rafael Kaliks, oncologista do Hospital Israelita Albert Einsten e diretor científico do Oncoguia.

Conteúdo produzido pela equipe de Comunicação do Oncoguia

 







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