Médicos explicam causas e sintomas do câncer no intestino

Recentemente a cantora Preta Gil anunciou que foi diagnosticada com câncer de intestino. A doença também já acometeu outros famosos, como a cantora Simony (que passou por um longo tratamento); o Rei Pelé e o ídolo do Vasco Roberto Dinamite (em memória). Com tantos casos em evidência, é comum que comece a surgir dúvidas e até certa preocupação por parte da população a respeito do câncer colorretal – como também é conhecido. Por isso, o caderno VIDA de A Crítica convidou dois médicos especialistas para explicar sobre a doença: causas, sintomas, tratamentos e prevenção.

De acordo com o Dr. Higino Felipe Figueiredo, cirurgião oncológico na Onco & Derm, o câncer colorretal é um tumor maligno que acomete o intestino grosso, órgão responsável pela absorção de água e formação das fezes. A também cirurgiã oncológica da Onco & Derm, Dra. Alice Brandão, destaca que atualmente no Brasil esse tipo de câncer é o segundo mais comum entre homens e mulheres. “Ficando atrás apenas do câncer de próstata e o de mama, respectivamente”, diz ela.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima o surgimento de 45.630 novos casos por ano de câncer no intestino, ou câncer colorretal, no Brasil. Segundo a Dra. Alice, a doença afeta ambos os sexos, em geral a partir dos 45 anos, mas pode acontecer antes desta idade, especialmente se houver história familiar de câncer de cólon, reto ou útero na família. “Pois existe uma associação entre câncer de útero (endométrio) e câncer de cólon e reto. É mais frequente na faixa entre 60 e 70 anos de idade”, afirma a médica.

Sintomas

Conforme explica o Dr. Higino, os sintomas estão ligados ao intestino. “Alteração do hábito intestinal (diarréia ou prisão de ventre), sangue nas fezes, sensação de esvaziamento incompleto das fezes e massa palpável no abdome”, destaca.

Em geral, o câncer colorretal se desenvolve muito lentamente. “Na maioria dos casos, ele ocorre sem sintomas por muito tempo. Os sinais da doença só se manifestam quando o tumor já está com tamanho avançado. Além disso, eles podem variar conforme a localização da lesão, o tipo, a extensão e as complicações”, esclarece a Dra. Alice.

Diagnóstico

A doença pode ser detectada por meio de exames de triagem com pesquisa de sangue oculto nas fezes, no entanto, o Dr. Higino esclarece que: “o exame amplamente utilizado para diagnóstico, além de tratar lesões iniciais, é a colonoscopia”. 

A Dra. Alice ressalta que a colonoscopia é recomendada para todos os pacientes a partir dos 45 anos, como forma de rastreio e que a cirurgia para o câncer colorretal é o principal tratamento deste tipo de câncer, sobretudo em estágio inicial. “A indicação deve ser determinada pelo cirurgião oncológico e a equipe que acompanha o paciente”, destaca. Ela comenta ainda sobre o diagnóstico precoce. 

“As chances de cura são significativamente maiores e o tratamento se torna mais simples, já que o tumor ainda está em sua fase inicial. Em todos os casos, a equipe multidisciplinar determina a conduta ideal, baseando-se na extensão da doença. Por esse motivo, é fundamental contar com profissionais experientes e qualificados para acompanhar todo o processo de tratamento”.
Prevenção

O câncer é uma doença multifatorial e tem entre seus causadores a predisposição genética, portanto, de acordo com a Dra. Alice, não existe uma conduta que garanta 100% a sua prevenção. 

“No entanto, ao evitar os fatores de risco, a possibilidade de desenvolver o câncer colorretal fica menor. A alimentação tem grande influência na prevenção do colorretal. Nesse sentido, é importante manter a saúde em dia, investindo em qualidade de vida”.

Entre os hábitos saudáveis de vida, o médico destaca “a prática de exercício físico; dieta rica em fibras e vegetais; reduzir consumo de carne vermelha; evitar o tabagismo; reduzir ou evitar consumo de bebidas alcoólicas; [se houver] casos na família procurar realizar o rastreio de forma mais precoce; sempre procurar orientação médica caso perceba algo diferente nos hábitos intestinais; e colonoscopia a partir dos 45 anos para rastrear lesões precursoras e lesões iniciais”, conclui Dr. Higino. 

Fonte: A Crítica

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