[MATÉRIA] Câncer Colorretal: Quando sou candidato ao rastreamento?

Março é o Mês de Prevenção do Câncer Colorretal, uma das neoplasias mais incidentes no Brasil.

Para este ano, a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) é de 15.070 novos casos em homens e 17.530 em mulheres. Os valores correspondem a 15,44 casos novos a cada 100 mil homens e a 17,24 a cada 100 mil mulheres (Estimativa 2014 - Incidência de Câncer no Brasil).

A alta incidência do câncer colorretal é alarmante. Principalmente se considerarmos que esta é uma das únicas neoplasias possíveis de se fazer prevenção primária, ou seja, de se adotar medidas que visam evitar a doença, removendo seus fatores causais.

O câncer colorretal, como explicou no último Fórum Oncoguia a oncologista, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), Dra. Rachel Riechelmann, é também um dos tumores em que o diagnóstico precoce tem maior impacto em redução da mortalidade. "Isso porque, o potencial curativo com o rastreamento é de 30% a 80%”, apontou na ocasião.

O Rastreamento


O rastreamento do câncer colorretal se faz a partir da realização de exames.

Os mais comuns são o de sangue oculto nas fezes, a sigmoidoscopia flexível e a colonoscopia.

O mais simples deles é o de sangue oculto nas fezes, porém este apresenta muitos resultados falsos positivos, por exemplo, no caso do paciente ter ingerido carne anteriormente à sua realização. A sigmoidoscopia é um exame minimamente invasivo, que apresenta resultados importantes, mas possibilita a visualização de apenas uma ‘parte’ do intestino (1/3 do órgão).

O exame padrão - O exame padrão, e que você certamente já ouviu falar, é a colonoscopia - que muitos chamam de ‘colono’. A partir deste método pode-se visualizar todo o intestino e, ainda, se retirar pólipos (lesões pré-cancerosas) que por ventura existam no órgão. Dra. Rachel apontou que a colonoscopia reduz em 77% o risco de um câncer colorretal e em 53% a mortalidade pela neoplasia. "Muito poucos exames em oncologia causam essa redução”, exclamou no evento.

Leia mais sobre os exames de rastreamento do câncer colorretal, seus prós e contras.

Mas você sabe em que fase da vida e por quais razões torna-se candidato ao rastreamento do câncer colorretal com a colonoscopia e/ou outros exames indicados pelo médico?
 
  • Para quem não tem casos deste câncer na família - A oncologista explica que as pessoas que não têm casos de câncer colorretal na família devem iniciar o rastreamento com a colonoscopia e/ou outros exames à partir dos 50 anos. A colonoscopia, neste grupo populacional, deve ser repetida a cada 5 anos.
 
  • Para quem tem casos na família - Aos indivíduos com casos na família, o rastreamento com a colonoscopia (e/ou outros exames) deve ser iniciado 10 anos antes em que o caso foi diagnosticado. Ou seja, se o tumor no parente foi diagnosticado aos 45 anos, deve-se iniciar o rastreamento aos 35. Tais pacientes devem repetir a colonoscopia a cada um ou dois anos (dependendo do caso).
 
  • Para quem já teve câncer colorretal - Pessoas já acometidas pela neoplasia, explica Dra. Riechelmann, devem começar a repetir a colonoscopia um ano após o tratamento. A isso se dá o nome de Prevenção Secundária. Se forem encontrados novos pólipos, outras estratégias podem ser consideradas pelo médico.
 
  • Portadores de Síndrome de Lynch - Portadores desta síndrome (de predisposição genética associada a risco aumentado de câncer de intestino e outros tumores) devem começar o rastreamento muito prematuramente e juntamente à busca por outros tipos de câncer provocados por ela. O rastreamento, neste caso, é bastante específico.

Determinados grupos populacionais, tais como portadores da Doença de Crohn e colite ulcerativa, devem seguir outras estratégias de rastreamento. Saiba mais aqui e converse com seu médico à respeito.
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