O que houve?
O
Ministério da Saúde deverá apresentar informações a respeito dos procedimentos
que são adotados após recebimento de decisão judicial para fornecimento
obrigatório de medicamentos. É o que solicita o
requerimento de informação nº 3359/2018,
apresentado no Plenário da Câmara dos Deputados pela Deputada Mara Gabrilli
(PSDB/SP).
Em sua justificativa, a autora informa que "a
judicialização de problemas relacionados à saúde é um fenômeno firmemente
estabelecido e afeta o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo
com o Observatório de Análise Política em Saúde (OAPS), de 2010 até julho de
2016, os custos da União somaram R$ 3,9 bilhões com o cumprimento de sentenças
judiciais. Segundo o Ministério da Saúde, considerando a soma de valores
despendidos pela União, Estados e Municípios, o custo pode chegar a R$ 7
bilhões, nesses seis anos”. Destaca ainda que, "o aumento de ações no setor foi de
727% entre 2010 e 2016.
Em 2017, a União destinou mais de R$ 700 milhões para o
cumprimento de sentenças. No campo dos medicamentos, os 10 mais caros respondem
por quase 90% dos gastos com judicialização”. Para Mara Gabrilli, "ainda que a judicialização
expresse a existência de problemas de gestão e financiamento do SUS, o qual não
consegue cumprir plenamente suas obrigações constitucionais, é relevante que o
sistema funcione com um mínimo de planejamento e de previsibilidade de gastos,
sob pena de prejuízo aos serviços de saúde regulares prestados à população”.
Portanto, "as informações solicitadas auxiliarão esta Casa a conhecer os
procedimentos adotados pelo Ministério da Saúde para atender às determinações
judiciais, de modo a contribuir na identificação de processos que necessitariam
aperfeiçoamentos, em prol do fortalecimento do nosso sistema de saúde”.
E agora?
A matéria aguarda parecer do relator, Deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), na mesa diretora da Câmara dos Deputados.