Os tratamentos de quimioterapia para o câncer de mama em muitas pacientes trazem problemas de memória e alterações na capacidade cognitiva. Um estudo realizado por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Saint Louis, nos Estados Unidos, e publicado este mês no Journal of Clinical Oncology comprovou que atividade física, mesmo com quantidade baixa ou moderada, pode contrabalançar os efeitos da quimioterapia sobre o cérebro.
A pesquisa foi feita com um grupo de mais de 500 pacientes, todas avaliadas antes do início da quimioterapia, durante o tratamento e no período depois a alta. Os especialistas observaram que no início do tratamento, somente um terço das pacientes atingia a meta de prática de exercícios ideal para mulheres na sua faixa etária. Esse índice caia para 21% durante a quimioterapia e, após a alta, o número de mulheres que se exercitava voltava para perto de um terço.
Todas as participantes eram avaliadas quanto ao condicionamento aeróbico e tinham a capacidade de raciocínio analisada por testes padronizados. Os testes mostraram que mulheres que faziam exercício de maneira moderada a vigorosa antes de começar a quimioterapia apresentavam resultados melhores nos testes de funcionamento cerebral, o que se mantinha durante todo o tratamento.
A adesão aos protocolos de exercícios foi consistentemente associada a melhores resultados dos testes de função cognitiva, o que mostra que no tratamento do câncer, que por definição deve ser multidisciplinar, a orientação para a prática de exercícios é fundamental.
Estamos no mês da conscientização sobre o câncer e mama, mas este é um tema que deve ser abordado sempre, pois a cada ano cerca de 40 mil brasileiras recebem esse diagnóstico. Infelizmente na maioria dos casos o diagnóstico chega tarde e é necessário incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia, tratamentos mais extensos e com efeitos colaterais mais intensos, em especial a quimioterapia.
Portanto, não se esqueça de realizar atividade física e fazer seus exames regularmente. São medidas simples que podem melhorar o prognóstico da doença e contribuir para haver mais qualidade de vida durante o tratamento.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do ge / Eu Atleta.
Fonte: Globo Esporte
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