Oncoguia participou do VII Fórum de Políticas Públicas e Saúde do Homem realizado em Brasília no ultimo dia 04/11/2014.
Nesta terça feira 04/11 o Oncoguia esteve presente no VII Fórum de Políticas Públicas e Saúde do Homem na Câmara dos Deputados. O evento foi promovido pelo deputado Jorge Silva (PROS-ES) presidente da Frente Parlamentar de Atenção Integral à Saúde do Homem. O objetivo do fórum foi divulgar e disseminar informações sobre a importância da prevenção e tratamento das doenças específicas do homem. A discussão contou com a participação de especialistas das mais variadas áreas da saúde como a cardiologia, psiquiatria, é claro, os cânceres masculinos.
As maiores contribuições sobre o tema do câncer foram apresentadas pelos especialistas: Dr. Carlos Corradi, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia; e Dr. Evanius Wiermann, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia. Foram levantadas e discutidas as barreiras que impedem a detecção precoce do câncer como o fato do homem não se cuidar, não ir frequentemente a consultas médicas preventivas, só buscarem o serviço de saúde somente quando já sentem algum sinal ou sintoma como exemplo, a dor. O grave resultado disso é o quadro de uma doença avançada, com menores chances de cura e tempo de sobrevida. Segundo o Dr. Conrradi, apenas 34% dos homens vão regularmente aos urologistas.
Dr. Evanius Wiermann, lembrou que ao realizar o rastreamento existe uma chance de se reduzir em até 30% a mortalidade por câncer de próstata, o mais incidente entre os homens no Brasil. Entretanto ele frisou que apesar de ser extremamente importante ser diagnosticado precocemente, o tratamento muitas vezes pode não ser iniciado imediatamente ou em alguns casos, nem deve ser realizado. Essa decisão é personalizada e se denomina
conduta expectante ou observação vigilante ou vigilância ativa.
Evanius também apontou uma mudança nos últimos sete anos no cenário oncológico. A partir de 2010 houve um aumento de novos estudos e drogas para o tratamento de câncer de próstata trazendo significativos ganhos de sobrevida e qualidade de vida ao paciente. Entretanto apesar da disponibilidade dessas drogas no mercado, no SUS não houve incorporações desses medicamentos, tornando um cenário pobre de tratamento para os pacientes. A saúde suplementar também não fica de fora.
Outras questões também foram abordadas como a constante exposição dos homens a fatores de risco como o tabagismo, obesidade, alcoolismo e sedimentaremos, além da necessidade de trabalhar o novembro de forma mais abrangente, não reduzindo apenas ao câncer de próstata. O coordenador Nacional da Política de Atenção Integral à Saúde do Homem no Ministério da Saúde, Eduardo Chakora, defendeu a ampliação do novembro azul a todos os outros tipos de cânceres que mais matam homens no Brasil como pulmão, colorretal, pênis e testículos, além de também frisar outras doenças que afetam a saúde do homem. "A campanha do Novembro Azul ajuda muitíssimo na medida em que ela trabalha com a integralidade. Na medida em que ela foca e trabalha o homem, não se cai no reducionismo. Porque o homem é complexo, ele tem vários aspectos para serem trabalhados, a gente não pode focar numa única questão."
O fórum faz parte do Movimento Novembro Azul, campanha de combate ao câncer de próstata.