As brasileiras chegam tardiamente ao tratamento de câncer de mama. A constatação está em levantamento da Fundação do Câncer, que aponta um retrato das desigualdades em hospitais públicos e privados do país, realizado entre 2006 e 2018.
O estudo, feito com base em dados dos Registros Hospitalares de Câncer do Brasil, também aponta o quanto a escolaridade se reflete no acesso de mulheres ao tratamento, como explica o epidemiologista e consultor médico da Fundação, Alfredo Scaff, que integra o grupo responsável pela sondagem.
Das mulheres que chegaram ao tratamento hospitalar, já com o diagnóstico de câncer de mama feito pelo SUS, apenas 34,3% iniciaram o combate à doença antes de 60 dias. Entre aquelas que têm plano de saúde ou buscaram ajuda via rede particular, 48% começaram a se tratar em até 60 dias.
Das pacientes encaminhadas pelo SUS, mais de 70% encontravam-se nos estágios II e III da doença, índice que cai para 60% entre as mulheres que chegaram ao tratamento encaminhadas via planos de saúde ou por atendimentos particulares.
O câncer de mama é medido nos estágios iniciais (0 e I), Intermediários ( II e III) e Avançado ( IV).
O epidemiologista Alfredo Scaff destaca que uma proposta importante seria expandir a chamada ‘navegação’ para pacientes com câncer, sistema que conta com auxílio gratuito de profissionais a pacientes do Sistema Único de Saúde, durante todo o processo da doença, desde o diagnóstico e ao longo do tratamento.
O levantamento da Fundação do Câncer apontou que, das mulheres encaminhadas via SUS, um total de 51,4% possuía ensino fundamental incompleto. Já entre as de origem particular ou via planos de saúde, 29,9% tinham ensino fundamental incompleto.
A Fundação do Câncer é uma instituição sem fins lucrativos, criada em 1991, que capta recursos e investe em prevenção, diagnóstico precoce, assistência e programas de combate a diferentes formas da doença.
Fonte: Rádio Agência Nacional
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