Conversas públicas Oncoguia: tratamento da dor no câncer

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  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 17/12/2021 - Data de atualização: 17/12/2021

Nesta terceira edição das Conversas Públicas, realizada no dia 13/12, debatemos sobre o tratamento da dor no câncer. Na oportunidade, nossa presidente Luciana Holtz recebeu:

  • Carlos Marcelo de Barros, médico anestesiologista com área de atuação em Dor e Cuidados Paliativos;
  • João Batista Garcia, presidente da FEDELAT e vice-presidente da ANCP;
  • Patricia Izetti, coordenadora-geral de Prevenção de Doenças Crônicas e Controle do Tabagismo do Ministério da Saúde;
  • Maria Del Pilar, coordenadora da oncologia clínica e diretora do Corpo Clínico do ICESP.

Dr. Carlos Marcelo de Barros falou que a dor oncológica ainda é pouco discutida no meio acadêmico e é preciso fornecer acesso adequado do paciente ao tratamento. Então é preciso unir educação com o direito ao tratamento prescrito em lei. Ele disse que o tratamento deve ser clínico e não geográfico, ou seja, não é possível que o paciente tenha acesso ou não ao tratamento dependendo de onde ele reside. Para ele, a grande barreira do tratamento da dor é a educação. Ele ressalta ainda que os opióides são super seguros e a importância dos médicos explicarem isso aos pacientes.

João Batista Garcia disse que, na sua visão, o protocolo atual de dor crônica do Ministério da Saúde não é adequado e o sistema de distribuição de medicamentos deveria ser unificado. Ele considera que é necessário a criação de uma rede única para controlar a prescrição de opióides e que a experiência estadunidense, de abuso de opióides, respingou nos tratamentos ao redor do mundo, gerando medo nos pacientes.

Patricia Izetti disse que por mais que se tenha esse protocolo da dor crônica, existe um arsenal de opções oncológicas e melhorar como se disponibiliza isso aos pacientes. A atenção básica poderia ser o lugar onde o médico da família poderia fazer o manejo da dor e deliberasse esses medicamentos aos pacientes. Ela considera que é importante que o paciente consiga retirar os medicamentos perto da sua residência, nas UBS. Para ela, é importante desmistificar a questão da dependência dos opióides, já que muitos rejeitam o tratamento com medo.

Maria Del Pilar conta que por mais que os pacientes do Plano de Saúde estejam em uma situação melhor que o SUS, existem pacientes que não conseguem pagar pela medicação oncológica e recorre à rede pública. Ela diz que é importante que os médicos sejam sensibilizados sobre a dor. Para ela, o protocolo da dor crônica não está atualizado e considera importante que os medicamentos estejam no protocolo para que os hospitais recebam pela disponibilização deste. Afirmou ainda que os medicamentos orais precisam ser descentralizados, para que o paciente tenha acesso e que é preciso ter profissionais atentos e que conversem com seus pacientes, para se ter o tratamento adequado.

Quer saber mais sobre como foi esse debate sobre o tratamento da dor? Assista ao evento completo aqui.

Conteúdo produzido pela equipe do Instituto Oncoguia.







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