Câncer na tireoide afeta três vezes mais as mulheres: como prevenir?

Nesta quinta (25), é celebrado o Dia Internacional da Tireoide, que tem o objetivo de conscientizar a população sobre doenças ligadas à glândula. Segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), "cerca de 60% da população sofre de algum problema relacionado à tireoide, mas apenas 5% dos casos apresentam algum risco para o paciente."

Um dos diagnósticos mais graves é o de câncer na tireoide, o mais comum na região da cabeça e pescoço e que afeta três vezes mais as mulheres do que os homens, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Em uma pesquisa realizada no ano de 2022, foi comprovado que esse é o terceiro tumor mais frequente em mulheres na Região Sudeste e na Região Nordeste.

“Estimam-se para o triênio de 2023-2025 cerca de 16.660 novos casos de câncer na tireoide. Este é um tumor que acomete três vezes mais mulheres do que homens, com previsão de 2.500 casos em homens e 14.160 em mulheres”, informa a médica Dra. Suelen Martins, oncologista do Centro de Oncologia CEON+ e pesquisadora do Cepho – FMABC.

“Temos alguns tipo de cânceres da tireóide a depender da localização, sendo mais comuns o carcinoma papilífero e o carcinoma folicular da tireoide. 80% dos cânceres de tireoide são carcinomas papilares, também conhecidos como carcinomas papilíferos. Normalmente, crescem muito lentamente e se desenvolvem em apenas um lobo da glândula tireoide, mas às vezes pode ocorrer em ambos os lobos. Mesmo que seu desenvolvimento seja lento, os carcinomas papilíferos se disseminam para os gânglios linfáticos do pescoço”, começa a Dra. Suelen Martins.

“Já o carcinoma folicular ou adenoma folicular é muito menos comum do que o câncer de tireoide papilífero, correspondendo a 10% dos cânceres de tireoide. O carcinoma folicular, ao contrário do papilar, geralmente não se dissemina para os gânglios linfáticos, mas alguns podem se disseminar para outros órgãos, como os pulmões ou ossos. Outros tumores menos comuns são chamados medulares, anaplásicos, linfomas e sarcoma.”

Prevenção e Diagnóstico
A prevenção é importante para evitar a doença. No caso do câncer, grande parte dos diagnósticos são feitos durante exames de rotina, através de ultrassonografia. “Neste exame, é possível identificar nódulos de pequeno tamanho e muitas vezes em pacientes assintomáticos”, explica a Dra. Suelen Martins.

Em outros casos, alguns sintomas são: nódulos volumosos no pescoço, rouquidão, dores no pescoço, tosse persistente ou engasgos. “O ideal é que o médico do paciente avalie cada caso analisando seu histórico médico pessoal ou familiar e, se necessário, pode ser solicitado o ultrassom com doppler da tireóide. Este exame detecta nódulos benignos de diversos tamanhos e sugere a possibilidade de malignidade. É importante lembrar que 90% deste nódulos são benignos e não precisarão ser tratados, mas somente acompanhados. No caso de possibilidade de malignidade ou dúvida, o diagnóstico definitivo é feito por biópsia ou por cirurgia da tireóide”.

O principal tratamento do câncer da tireoide é a tireoidectomia total ou parcial, com ou sem a remoção dos gânglios do pescoço. “Algumas vezes é necessário realizar um complemento com iodoterapia, que trata outros focos e reduz o risco de recidiva tumoral. Em casos mais avançados, terapias com medicações anti-angiogênicas que atuam nos vasos que “nutrem” o tumor podem ser bem efetivas, assim como quimioterapia e radioterapia em alguns casos”.

Fonte: Marie Claire

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