[5º FÓRUM] Prevenção e promoção da saúde

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  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 30/10/2015 - Data de atualização: 30/10/2015

No sistema suplementar, existe ainda a cultura de valorizar a doença e não a prevenção e promoção de saúde. "Garantimos a cobertura ao tratamento, agora temos que partir para outro lugar e batalhar pela garantia da prevenção”, diz a presidente da ANS, Martha Regina de Oliveira (foto). Um levantamento realizado para discutir incorporação de tecnologia analisou a ressonância magnética. Os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que não têm restrição de acesso, realizam em média 40 ressonâncias para cada mil pessoas por ano. No Brasil, a saúde suplementar realiza o dobro - 80 ressonâncias para cada mil habitantes por ano – o que denuncia um modelo fortemente ancorado na tecnologia, o que não se traduz em resolutividade. "Era para a gente estar 'arrebentando', com resultados de mortalidade muito menores que os países desenvolvidos”, diz Martha.
Não é o que acontece.

Na avaliação da mamografia, o Brasil não atinge sequer a meta preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). "E quando se qualifica esse dado, percebe-se que metade das mamografias são feitas na faixa etária não prioritária. No corte prioritário, esse índice diminui ainda mais. Será que estamos sabendo lidar com esse acesso ou estamos simplesmente produzindo procedimentos sem reverter benefícios para a nossa saúde? É preciso dar uma guinada e pautar de verdade a promoção e a prevenção”, argumenta.

Busca Ativa

As mulheres que chegam ao serviço de saúde muito provavelmente vão ter solicitada a mamografia e terão um acesso razoável ao exame. No caminho inverso, aquelas que não buscam espontaneamente seus exames de controle precisam ser sensibilizadas a procurar assistência. Sem dúvida, a saúde suplementar pode ajudar e ter papel na busca ativa, para que a mulher na faixa etária de maior risco seja examinada preventivamente.

Como a mamografia, muitos outros procedimentos e condutas poderiam ser estimulados através da busca ativa, com o compromisso de ampliar a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer.

A ANS tem trabalhado junto às operadoras para que incorporem essa nova lógica de valorizar saúde e não a doença, mas é preciso uma organização maior. "Só produzir ressonâncias não está levando a resultado nenhum. E pior, com um custo altíssimo. Esse é o cenário da nossa saúde suplementar: produz muito, a um custo muito alto e com baixa resolutividade”, critica Martha.

Acesso com Qualidade

Da mesma maneira, a escolha do plano de saúde também deve ser discutida com a sociedade, com a proposta de buscar reflexões para uma escolha mais consciente. Hoje, a maior parte das pessoas escolhe um plano de saúde a partir do preço e da inclusão na rede de determinado serviço que se julga qualificado. "Para transformar isso, é preciso uma mudança quase educacional da sociedade. O que significa definir melhor o tipo de assistência que eu preciso ter e como selecionar, até refletir sobre o que é qualidade. É tanta coisa que vamos realmente precisar de uma união de esforços. E a prevenção, principalmente atrelada ao câncer, pode ser um indutor de tudo isso, de uma maneira muito importante”, defende.

Por Sergio Azman/OncoNews






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