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  • Vivian - Linfoma Não Hodgkin
    "Sempre estará conosco através do Amor que nos une."
Minha mãe faleceu no dia 15/02/2020, em decorrência de complicações do tratamento de um Linfoma Não Hodgkin. Foi tudo muito rápido, a partir do diagnóstico no início de Dezembro de 2019, quando ela procurou atendimento médico, pois não estava se sentindo bem, tendo febre, falta de apetite, sudorese e dor de cabeça. Ela chegou a pensar que podia ser sinusite, mas jamais um câncer. Até mesmo porque ela era uma pessoa ativa, fazia os exames preventivos com a frequência necessária e não tinha nenhum problema crônico de saúde, como pressão alta ou diabetes, muito comuns na idade em que estava (65 anos). No mesmo dia em que ela foi ao médico, este pediu um simples hemograma, que acusou a presença de células (blastos) que não poderiam estar circulando no sangue. O médico pediu para ela o quanto antes procurar um hematologista - oncologista, pois havia a suspeita de leucemia. Esse foi o primeiro baque nela e na família. Como uma pessoa tão forte, trabalhadora e que se cuidava, podia estar sofrendo de uma doença tão séria, sendo que os exames realizados em outubro/2019, incluindo o hemograma, tinham dado normais?! Daí para frente, a história que se seguiu é parecida com a de muitos que eu li, com melhoras, pioras, tendo que ir ao hospital, devido a uma febre indicando infecção, um perigo fatal para quem está com a imunidade baixa, ou devido a dores insuportáveis nas costas, que minha mãe começou a ter depois do primeiro ciclo de quimioterapia, tendo que retornar algumas vezes ao hospital, pois a medicação receitada não resolvia e ela sentindo dores cada vez mais intensas, até que receitaram a morfina. A complicação maior veio com a re-internação para continuar o tratamento quimioterápico, que demorou para começar devido a uma nova infecção e também devido as dores nas costas, que precisavam ser melhor controladas. Assim que ela ficou bem, o tratamento foi iniciado, dessa vez com uma quimioterapia mais agressiva. Foram 4 dias de quimioterapia e ao final muitas bolsas de sangue e plaquetas. Finda a quimioterapia, ela começou a sofrer com os terríveis efeitos colaterais, que a deixaram muito debilitada. Nos dois últimos dias de vida dela, houve uma piora tão grande que eu senti que iria perde-la. Na noite anterior a sua morte, apesar da dificuldade de respirar ela se despediu de mim e do meu irmão, dizendo que "não dava mais pra ela" e que "éramos ótimos filhos." No dia seguinte, ela foi entubada, mas já não tinha mais o que fazer, vindo a óbito depois de uma parada cardíaca. Hoje, depois de quase 10 meses da morte dela, penso todos os dias nela, tentando manter viva a memória através das melhores lembranças. Ainda é muito difícil lidar com a ausência dela, mas por amor e gratidão a minha mãe, companheira e amiga, estou conseguindo tocar o barco para continuar honrando a sua memória e o grande legado que nos deixou.