Em setembro de 2018 tive uma obstrução intestinal. Fui internado e, feita cirurgia de emergência, foi comprovado após biópsia neoplasia maligna de cólon estagio III ulcerado e infiltrativo.

 

Durante a mesma cirurgia foi colocado também uma bolsa de colostomia e, após uma semana em recuperação, os pontos se romperam e fui urgente para sala de cirurgia novamente. Mais uma vez, na segunda semana de recuperação, os pontos se romperam outra vez e lá fui eu novamente para uma nova cirurgia. Na terceira semana os pontos da colostomia se romperam e pela terceira vez estava no centro cirúrgico. Trocaram de lugar a colostomia e puseram sonda, mas nesse meio tempo já estava com grave infecção e já não conseguia levantar da cama sem ajuda de enfermeiros e do meu filho. Senti muita dor e medo, além de parte da cirurgia continuar aberta. Minha mulher após conversar com os médicos e por conselho de um enfermeiro, pediu para trocarem meus antibióticos e fui melhorando aos poucos até ter alta, fui para casa com uns 20 cm dos pontos abertos, com sonda e ainda infeccionado. Estando em casa minha mulher foi trocando os curativos e tratando com muito cuidado, e após 3 meses em recuperação e sem sonda os pontos começaram a ficar cicatrizados.

 

Fiquei "bem louco" com síndrome do pânico e depressão, não conseguia nem tomar banho sozinho. Estou tomando antidepressivo até hoje (se parar os sintomas voltam) e, na época, comecei a fazer 12 ciclos de quimioterapia. No começo era muito ruim, sentia ânsia de vomito, enjoos e fraqueza, emagreci 25 quilos.

 

Terminada a quimioterapia, fui me recuperando, hoje estou com o peso normal, apesar por causa das complicações cirúrgicas fiquei com uma hérnia gigante (pareço com uma mulher gravida de 9 meses kkk), mas estou vivo graças a Deus e agradeço a minha mulher, meus filhos, netos e meus 11 cachorros. Agora vou começar um novo tratamento de quimioterapia por aparecer 2 nódulos no fígado em maio de 2019 em uma ressonância magnética, um com 1,3cm e outro com 1cm. Também tive uma alteração dos tamanhos no mês se setembro de 2020 na segunda ressonância (um foi para 1,8cm e outro para 1,3cm), mas o que me dá esperança é que na terceira ressonância feita agora em janeiro de 2020 para encaminhamento de cirurgia no fígado os tumores regrediram para 1,3cm e o outro 1,0cm. Não sei como, só pode ser Deus, após todos os exames feitos desistiram de uma nova cirurgia e encaminharam para novo ciclo de quimioterapia. Vamos ver, está nas mãos de Deus.

 

Agradeço a Deus, minha mulher, meus familiares, meus médicos e ao enfermeiro que aconselhou minha mulher a trocar os antibióticos. Hoje, quando volto à Santa Casa de Ribeirão Preto, esse mesmo enfermeiro me chama de "EX FINADO", KKK. Sem esquecer a companhia dos meus cachorros que me dão muito carinho.