Meu nome é Sandra, tenho 48 anos, sou casada e tenho duas filhas (21 e 17 anos). Sou funcionária pública do Estado do Paraná e a maior parte do tratamento foi pelo SAS (que é um sistema de auxílio).

 

Desde os 40 anos faço mamografia de rotina. Até dezembro de 2014 tudo estava normal, mas em maio de 2015, fazendo autoexame achei um nódulo na mama direita. Na mesma semana fiz mamografia (apareceu um nódulo benigno), fiz também ultrassom e deu suspeita.

 

Só em agosto consegui consulta com mastologista e este marcou cirurgia para retirada do nódulo e biópsia no dia 1 de outubro. Em 13 de outubro veio resultado da biópsia: eu tinha um monstrinho dentro de mim. Na mamografia de maio ele tinha 0,8 cm, mas na cirurgia foi tirado um tumor de 3,5 cm... que horror, em 4 meses ele aumentou quatro vezes.

 

A descrição do tumor era terrível, 17 focos de mitoses, células bizarras, etc. Acho que a pior fase foi a espera para saber se tinha câncer e ainda não estar tratando. Tive que fazer mais exames para ver se não havia espalhado, e também, a histoquímica do tumor.

 

A médica oncologista, que atende pelo SAS, estava em congresso, consegui consulta com ela um mês depois (12 de novembro). Comecei a primeira quimio no dia seguinte. A onco disse que minha doença era gravíssima, era um câncer de mama triplo negativo em estágio avançado e que não poderia esperar mais um dia.

 

Dez dias depois da primeira quimio fiz um exame pet scan que revelou um tumor de mama maior do que havia retirado (4,0 cm), linfonodos axilares, cervicais comprometidos e ainda uma mancha na clavícula. Fiz 6 sessões de quimio e até que não passei tão mal.

 

A cada sessão eu sentia que o tumor só diminuía. Em 24 de fevereiro de 2016, fiz a última quimio e me sentia muito bem. Em 15 de março, fiz uma mastectomia radical e coloquei a prótese. A mama esquerda também tive que mexer para ficar parecida com a mama com prótese.

 

Na semana passada saiu o resultado da biópsia e para minha alegria deu tudo normal, o tratamento foi um sucesso. Os médicos disseram que nem vou precisar de radioterapia, apenas vou fazer os exames periódicos. Agora é orar e vigiar!

 

Só tenho que agradecer a minha família, especialmente ao meu marido e filhas, meus amigos e a todas as pessoas maravilhosas que conheci nessa caminhada contra o câncer.

 

Depois da doença, sou mais forte e feliz, pois dou mais valor às pequenas coisas e a cada dia que este Deus triplamente positivo me dá!