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  • Rosilene Alves - Leucemia Mieloide Aguda (LMA)
    A dor da perda de uma mãe
Em julho de 2015, minha mãe voltou de uma viagem a Diamantina com uma gripe. Logo após, sentiu dor na raiz de um dente que não existia e apareceram manchas roxas em sua pele. No posto de saúde, a consulta ia demorar, então resolvemos consultar particular e os exames de sangue foram feitos.
 
O laboratório imediatamente ligou, pois tinha dado alterações. Fomos ao hematologista que encaminhou para hospital, pois suspeitava de leucemia. Depois de vários exames, o diagnóstico era leucemia mielóide aguda e eu achei que ela não aguentaria porque tinha 75 anos, mas ela nem sabia a gravidade da doença ou nem queria saber, estava de bem com Deus, consigo mesma e com as pessoas.
 
Eu, meu irmão e três irmãs revezávamos no hospital. Foram 32 dias de muita alegria, conversávamos, ríamos, rezávamos, ela nos dava tanta força.
 
Passou pela primeira quimioterapia, recebeu sangue, tudo estava indo bem, somente uma diarreia que não melhorava. Numa quinta-feira amanheceu bem, os resultados dos exames eram bons e o medico viu uma possibilidade de vir pra casa.
 
Mais tarde, começou a sentir enjoos, vomitou, surgiram manchas roxas nos olhos, depois piorou e não conseguia falar. Foi organizado ali mesmo uma UTI, pois nem tirar dali podia. Tinha sangue na urina, a pressão caiu muito, só estava viva por causa daquelas maquinas.
 
Numa sexta feira, 20 de novembro de 2015, ela se foi. Creio que Deus fez o melhor para ela e para nós, pois era uma pessoa muita ativa, não ia suportar ficar muito tempo na cama ou no hospital.
 
Sinto muito sua falta, minha mãe me ensinou tanto, só não ensinou a ficar sem ela.