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  • Paulinha - Câncer de Mama
    Sou filha de paciente. Tinha 26 anos de idade e hoje estou como 30. Minha mãe, como tinha 58 anos, foi realizar uma exame de rotina com a ginecologista e a Dra. solicitou uma mamografia e apareceu um nódulo.
Sou filha de paciente. Tinha 26 anos de idade e hoje estou como 30. Minha mãe, como tinha 58 anos, foi realizar uma exame de rotina com a ginecologista e a Dra. solicitou uma mamografia e apareceu um nódulo. Foram investigar e solicitaram vários exames. O resultado mostrou com câncer e ela realizou a cirurgia para retirada do nódulo.
 
Até a cirurgia ocorreu tudo bem. Foi quando ela começou fazer o tratamento e aí sim começamos a sofrer junto... Primeiro ela teve que realizar radioterapia e no mesmo dia não sentia nada, mas passaram 2 dias e ela começou a sentir dores pelo corpo. Minha mãe tinha empregada na casa e, como somos 4 filhos,  cada um ajudava como podia. Mas cada consulta é diferente e eu comecei estudar enfermagem para ficar mais tempo com minha mãe e a acompanhava em todos as consultas.
 
Depois ela começou tomar medicamento via oral quimioterápico e passou a emagrecer,  nada parava no estomago e o médico falou estava com câncer no figado. Ela começou fazer quimioterapia e no dia estava boa, passeava ia shopping quando realizava quimio, mas a partir do 3° dia ficava muito ruim. Ficava de cama, começou fazer quimioterapia vermelha e seu cabelo começou a cair. Minha mãe era uma pessoal muito vaidosa, sempre estava impecável e cuidadosa com casa. Foi triste ver o cabelo dela caindo, mas minha mãe sempre foi forte, nunca desanimava. Sua fé em Deus era muito grande e ela O agradecia o tempo  todo, mesmo passando por tudo isso.
 
Eu ficava de boca aberta, minha mãe tinha varias amigas que faziam campanhas de orações por ela. Passaram alguns dias e minha mãe ligou mas eu não estava em casa, tinha saído com as crianças. Ela me disse "vem correndo. Tem um lado do corpo que está parando". Fui pra levar ela no medico foi realizado a escala de Glasglow, também um tomografia mas não tinha nada. Tinha que dar comida para ela, dar banho e foi tudo muito triste. Depois ela começou a sentir falta de ar,  ficou internada  2 dias no quarto e foi para UTI. Na 2° semana ela abria olhos e apertava a mãos. Era muito triste. A gente era forte na frente dela, mas ela chorava de ver os filhos assim. Teve que passar para outra UTI mais 1 semana e só dormia,  a gente chama mas ela não ouvia.
 
Comecei a trabalhar e no primeiro dia minha mãe faleceu, eu falei pra ela "mãe, eu vou trabalhar". Nunca vou esquecer, ela falou "vai me acompanhar até minha última quimioterapia e você vai começar trabalhar". Ela já sabia.... Faleceu com 62 anos e descobriu o câncer 2015 e a metástase em junho de 2018.