Confira aqui os depoimentos

  • Laís Ozildio - Câncer Colorretal
    Tem sido difícil e estou buscando forças para continuar a batalha pelo meu pai.
Meu pai sempre teve incômodos no estomago que sempre foram concluídos como gastrite, ele sempre fez exames (endoscopias), além dos exames de rotinas, em todos os anos, principalmente quando sentia as tais dores no estomago. Meu pai morria de medo de ter câncer de próstata, então sempre fazia todos os exames. Daí o nosso choque... Meu querido pai, sempre foi saudável, ativo, nunca fumou ou bebeu, nenhum tipo de vicio. Com 60 anos, já aposentado ainda trabalhava. Final de Setembro/2018 meu pai começou sentir dores cada vez mais fortes, foi ao pronto socorro ao longo de set a out. Todas as vezes ele era medicado e mandado para casa. Mesmo com a dor, quando não era muito forte, ele ia trabalhar. Mas quando o efeito do remédio passava, as dores voltaram e ele começou a vomitar tudo que passava pela garganta. Fez uma ultrassonagrafia, ok. Exame de sangue, ok. Foi marcado um gastro para o dia 18/10. No dia 17/10/2018 meu pai voltou ao pronto socorro, sentindo uma dor insuportável e exigiu que fosse internado, pois não iria mais para casa. Foi quando fizeram exames mais amplos, TC, colonoscopia com biopsia e ressonância. Nos foi passado, que o meu pai tinha uma obstrução intestinal e precisaria fazer uma cirurgia. Eu e meu irmão, até então estávamos tranquilos, dado que não imaginávamos nada grave, meu pai sempre esteve fazendo todos os exames possíveis.. Infelizmente, após a cirurgia do dia 22/10 meu pai permanência aberto e com previsão de uma nova cirurgia no dia 23/10 pois a obstrução era enorme (pelo que diziam). Foi então que exigimos saber o que de fato estava acontecendo com nosso pai, não nos passavam nenhum retorno, resultados dos exames, nada... estávamos ficando preocupados. E então veio o temido diagnostico: Encontramos uma massa muito grande no intestino do seu pai, é um tumor maligno, já com metástase para o fígado e pulmão. Localmente avançado. Choramos, terrivelmente, ligamos para as pessoas da família. Meus pais são separados a 1 ano e eu tive a difícil tarefa de informar minha mãe, que chorou inconsolável. Neste momento, em que as lagrimas não paravam de sair, meu pai encontrava em sedação, desacordado, do nossos lado, pois teria que passar por novo procedimento afim de tentar retirar toda a massa e religar o intestino dele para que não precisasse da tal "bolsinha de colostomia”. Uma vitória, não precisou da "bolsinha” e tudo ocorreu bem, tiraram o máximo possível da massa. Agora, meu pai precisará passar por quimioterapia, que eu já marquei para o dia 08/11/2018. O resultados da biopsia está previsto com resultado hoje 05/11 para saber qual câncer se trata, mas segundo oncologista, pela experiência, trata-se de um câncer colorretal. Infelizmente, todos os prognósticos passados para nós pela oncologista, não trazem muitas alegrias. É avançado, não é possível cura medicamente falando, meu pai terá que sempre se tratar, e muito possivelmente, morrerá com ou desse câncer. Sigo confiando, acreditando naquele que pode fazer o impossível. Deus. Tento passar força para meu irmão e minha mãe, e principalmente, ao meu pai. Eu que passei minha infância, adolescência e vida adulta, sem ver meu pai chorar, tenho visto com frequência as forças dele se extinguirem. Tenho feito o que posso para que ele não se entrega, tenha fé. Já li incansavelmente sobre o câncer, sobre o tratamento, sobre a sobrevida dele. Procuro por depoimentos todos os dias, casos próximos, parecidos, iguais.. Morrendo de medo de perder meu pai, assim, tão jovem sem estar preparada. Mas continuo tendo fé que ele pode ser curado.