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  • Kelly Cristina Pereira de Souza - Câncer de Pulmão - Não Especificado
    Tenho me mantido forte e firme nas decisões, ainda não sei o que me espera, mas queria muito saber ...
Minha mãe sogra Maria da Conceição, 66 anos, FUMANTE há 40 anos, teve quatro pneumonias desde set/12. 

Eu já sabia que algo não estava normal porque desde sua internação em set/12 percebi que não era a mesma devido a sua falta de disposição, falta de apetite e emagrecimento, depois disso pegou mais duas pneumonias. 

Em jan/14 começou a sentir fortes dores nas costa e no tórax, a levei no AMA e no raio-X foi constatado uma lesão no pulmão, a levei para a UBS pedindo acompanhamento, devido a demora procurei a rede particular e tomografia foi constatada um câncer no pulmão com metástases para o fígado, veio o desespero, porque junto com o diagnóstico tinha uma carta com pedido de internação com urgência para os exames conclusivos como biópsias e os demais. Primeiro passo, na verdade, eu nem sabia qual seria, porque eu tinha que segurar a onda porque ela não entendeu o que o médico disse, porque na hora que eu estava conversando com o médico ela pediu para ir no banheiro e ele aproveitou e me disse que era sério e que ela tinha de 6 meses a um ano... Me vi naquela situação, não podia me manisfestar porque estávamos só eu e ela, bem, sai dali conversando com ela sobre outros assuntos, a deixei em casa e tinha agora a dura missão de ir da a notícia para meu marido (seu filho) e meu cunhado, mas antes passei na ONG que ficava no caminho e pedi ajuda para internação porque já imaginava que não seria fácil. Bem, no caminho fiquei imaginado como eu daria essa notícia a eles, quando cheguei o meu marido me disse: pela sua cara o diagnóstico foi confirmado! Meu Deus, como foi difícil... Pedi força e falei para ele o que o médico tinha me dito ele então fez algo que eu não esperava, caiu em choro, foi aí que me bateu o desespero porque eu nunca tinha o visto chorar daquele jeito... logo meu cunhado passou e viu a cena e também ficou sabendo e nossa reação naquele momento foi de total desespero, parecia que estava na nossa mão salvá-la e saímos na mesma hora a procura de hospitais e ajuda... 

Voltei para a UBS pedindo ajuda e encaminhamento para a rede do SUS e daí a indignação que eu teria que aguardar... a peguei sem ela saber de nada, coloquei ela no carro e saí batendo de hospital em hospital, pedi ajuda a uma ONG e foi uma semana assim até que recebi o retorno da UBS com o encaminhamento para o INST., dia 10/03 e também da ONG, mas da ONG ainda não tive uma data, só uma promessa da realização do exame de Broncoscopia. Nesse momento ela esta estável, ainda não falei sobre a doença e achamos melhor não falarmos por enquanto. Tenho me mantido forte e firme nas decisões, ainda não sei o que me espera, mas queria muito saber ... 

Hoje a impressão que tenho é que não tenho muito tempo e acredito que se eu tivesse mais apoio no tratamento e realização dos exames, eu poderia salvá-la, mas vou aguardar a segunda- feira para saber qual será o plano terapêutico que o médico vai me orientar e daí tomarei as demais decisões, peço orientação e força! 

Obrigada!