Em janeiro de 2014 fui diagnosticada com câncer colorretal, estava com 41 anos e um filho de 4 anos.

 

Sem nenhum sintoma e sem histórico familiar, através de exames de rotina, recebi este presente. No início assustador, mas fui aceitando o diagnóstico porque era inicial e não precisaria de quimioterapia. Continuei fazendo acompanhamento de 2 em 2 meses com a oncologista.

 

No início de 2015 comecei a ter sangramentos e sentir dores para evacuar. Fui ao proctologista, ele disse ser somente uma fissura e intestino irritado. Fiquei mais 4 meses passando mal até que minha onco pediu um PetCT e estava lá de novo.

 

Fui encaminhada para uma nova cirurgia em novembro de 2015. Desta cirurgia, tive que usar bolsa de colostomia; dos nove linfonodos sete estavam comprometidos e com implante no peritôneo.

 

Iniciei a quimioterapia, 12 sessões. Sentia muita fraqueza com a quimio, com enjôos... Terminei as quimioterapias em junho e, em julho, iniciei 28 sessões de radioterapia. Moro no interior de Minas e tinha que ir a Belo Horizonte todos os dias para a radioterapia.

 

Tive muita diarreia, tomava até 4 medicamentos para viajar e me alimentava pouco. No final das radioterapias fiz novos exames e foi constatado nódulo no fígado. Nova cirurgia em novembro de 2016.

 

No início de 2017 fiz exames para iniciar novas sessões de quimioterapia e mais surpresas: nódulos pulmonares. Estou fazendo quimioterapia, praticamente sem cabelo e na esperança de que os nódulos pulmonares desapareçam.

 

Tenho muito apoio da minha família, sem a qual não conseguiria, mas quem mais me dá ânimo de não desistir é meu filho, que me faz sorrir todos os dias e faz cada minuto valer a pena.

 

Nunca perco a fé e a coragem.