Li o resultado antes do médico e a palavra carcinoma caiu como uma bomba. O fato de ser bilateral chamou a atenção. Em menos de um mês da retirada dos cistos fui submetida a outra cirurgia para retirada do câncer e investigação abdominal. 

Antes da cirurgia fiz vários exames para descartar suspeitas de invasão. Nunca deixei o câncer me dominar, estive o tempo todo no controle, não me vitimei, não me abalei, segui as orientações médicas e me apeguei mais a Deus, minha fé está no mais alto grau. 

Hoje estou aguardando o início da quimioterapia preventiva. Minha biópsia descartou atipias e sigo muito saudável (minha saúde nunca ficou debilitada). Meu caso, apesar de ter mínima agressividade é um caso raro e será publicado. 

Estou certa que devemos nos cuidar, que podemos fazer a profilaxia e que se encontramos um mal, ele pode ser sanado. 

Vejo pessoas que se entregam à doença e a deixam dominar, eu não! O câncer é um mal, mas somos tão maiores que nossa cabeça é o principal remédio pra cura. Se nos entregamos, ele nos domina. 

Hoje tenho uma cicatriz que corta verticalmente meu abdome da qual tenho extremo orgulho. Meu cabelo poderá cair e terei o maior orgulho, minha vida sofreu um baque e tenho o maior orgulho, um câncer me pegou e eu o tratei e tenho o maior orgulho. 

Minha luta está sendo curta e tranquila, mas poderia ser longa e cruel se eu não tratasse esse mal como ele verdadeiramente deve ser tratado, sem o poder que alguns acham que ele tem sobre nós. 

Eu fui maior que o câncer e o venci!