Vivendo com o Câncer de Bexiga

Para alguns pacientes com câncer de bexiga, o tratamento pode remover ou destruir o câncer, mas chegar ao fim do tratamento pode ser estressante. Ao mesmo tempo em que o paciente se sente aliviado com o término do tratamento, fica a preocupação de uma recidiva ou metástase. Este é um sentimento muito comum para a maioria dos pacientes que tiveram câncer de bexiga.

Em outros pacientes, o câncer pode não desaparecer completamente. Esses pacientes continuarão realizando tratamentos regulares com quimioterapia, imunoterapia ou outras terapias para tentar manter a doença sob controle. Aprender a viver com a doença que não desaparece pode ser difícil e estressante.

A vida após o câncer significa voltar a realizar suas atividades e também fazer novas escolhas.

Cuidados no acompanhamento

Quando o tratamento terminar, os médicos irão acompanhá-lo de perto por alguns anos. Por isso é muito importante comparecer a todas as consultas de acompanhamento. Nessas consultas o médico sempre o examinará, conversará com você sobre qualquer sintoma que tenha apresentado, poderá pedir alguns exames de laboratório ou de imagem para acompanhamento e reestadiamento da doença.

Quase todos os tratamentos contra o câncer podem apresentar efeitos colaterais. Alguns podem durar apenas alguns dias ou semanas, mas outros podem durar mais tempo. Alguns efeitos colaterais podem até não aparecer até anos após o término do tratamento. Suas visitas ao médico são um bom momento para fazer perguntas e falar sobre quaisquer alterações ou problemas que você perceba ou preocupações que você possa apresentar.

Acompanhamento clínico

Em pessoas sem sinais remanescentes de câncer, muitos médicos recomendam visitas de acompanhamento e realização de exames de laboratório e de imagens a cada 3 a 6 meses após o tratamento, para verificar uma possível recidiva da doença ou um novo câncer de bexiga ou no sistema urinário. Se com os exames Essas consultas e exames serão realizados com menos frequência ao longo do tempo se nenhum novo câncer for diagnosticado. Se a bexiga não foi removida, exames regulares de cistoscopia também são realizados a cada 3 meses, pelo menos nos primeiros 2 anos. Se o paciente tem um desvio urinário, será verificado se existem sinais de infecção e alterações nos rins, com exames de urina, exames de sangue e raios X. Também é solicitada a dosagem das vitaminas pelo menos uma vez por ano, uma vez que os desvios urinários podem afetar a absorção da vitamina B12. Também serão realizados exames para diagnosticar sinais de câncer em outras partes do trato urinário.

Registros médicos

Eventualmente em algum momento após o diagnóstico e tratamento do câncer de bexiga, você pode consultar outro médico, que desconheça totalmente seu histórico clínico. É importante que você seja capaz de informar ao novo médico os detalhes do diagnóstico e do tratamento. Verifique se você tem a seu alcance, informações como:

  • Cópia do laudo de patologia e de qualquer biópsia ou cirurgia.
  • Cópia do relatório de alta hospitalar.
  • Cópia do relatório do tratamento radioterápico.
  • Cópia do relatório quimioterápico, imunoterápico e terapia alvo incluindo medicamentos utilizados, doses, e tempo do tratamento.
  • Exames de imagem.

O médico pode querer manter cópias dessas informações, não se esqueça de sempre manter cópias de tudo com você!

Como diminuir o risco do câncer progredir ou recidivar?

Permanecer tão saudável quanto possível é mais importante do que nunca após o tratamento do câncer de bexiga. Parar de fumar e manter uma alimentação saudável pode ajudá-lo a reduzir o risco da recidiva e a protegê-lo de outros problemas de saúde.

O consumo de tabaco está claramente relacionado ao câncer de bexiga, então não fumar ajuda a reduzir esse risco. Não fumar ajudará a melhorar seu apetite e seu estado geral de saúde, além de reduzir a chance de desenvolver outros tipos de câncer e doenças respiratórias.

Suplementos dietéticos

Até o momento, nenhum suplemento dietético, incluindo vitaminas, minerais e produtos à base de plantas, mostrou diminuir o risco da progressão ou recidiva do câncer de bexiga. Isso não significa que nenhum suplemento ajudará, mas é importante saber que nenhum suplemento é eficaz.

Se você está pensando em tomar qualquer tipo de suplemento nutricional, converse antes com seu médico, para decidir quais você pode usar com segurança, evitando aqueles que podem ser prejudiciais.

Se o câncer voltar?

Se o câncer recidivar em algum momento, suas opções de tratamento dependerão da localização da recidiva, de quais tratamentos já foram realizados e de seu estado geral de saúde.

Risco de um segundo câncer após o tratamento

As pessoas que tiveram câncer de bexiga ainda podem ter outros tipos de câncer. De fato, os sobreviventes de câncer de bexiga têm um maior risco de ter outro tipos de câncer.

Pacientes com urostomia

Pacientes com urostomia podem se sentir apreensivos para retornar às atividades cotidianas. É normal ter problemas e preocupações na fase de adaptação, mas é importante lembrar que existem profissionais especializados para orientar pacientes com urostomia. Esses profissionais ensinarão o paciente sobre os cuidados com a urostomia e em como lidar com as mudanças na sua vida.

Suporte emocional

Algo que ajuda muito ao paciente com câncer de bexiga a enfrentar a doença é o apoio e a força que ele recebe. Independente de como, o importante é que você encontre em algo ou alguém essa ajuda, seja nos familiares, nos amigos, em ex-pacientes, em sites sobre a doença, ou até em sua própria fé. Você não precisa passar por tudo isso sozinho, seus familiares e amigos podem e querem ajudar você. Não se feche na doença, esteja disposto a ouvir o que os outros têm a lhe dizer.

Sexualidade

O tratamento do câncer de bexiga geralmente pode afetar o desejo sexual. Aprender a se sentir confortável com seu corpo durante e após o tratamento do câncer de bexiga é uma jornada pessoal, que é única para cada paciente. Informações e suporte podem ajudá-lo a lidar com essas mudanças ao longo do tempo.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 30/01/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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