O uso de medicamentos para reduzir o risco de contrair uma doença é denominado quimioprevenção. Os medicamentos comumente usados para diminuir o risco de câncer de mama são o tamoxifeno e o raloxifeno. Outra opção são os inibidores de aromatase, como o anastrozol e exemestano.
O primeiro passo para decidir se você deve tomar medicamentos para diminuir suas chances de desenvolver um câncer de mama é consultar um médico para avaliar seu risco de contrair a doença.
A maioria dos especialistas diz que o risco de câncer de mama deve ser maior do que a média para uma mulher considerar desses medicamentos. Se você tiver um risco de câncer de mama superior à média, precisa comparar o benefício de reduzir suas chances de contrair câncer de mama com o risco dos efeitos colaterais e outros problemas de tomar um desses medicamentos.
Os fatores de risco de cada mulher precisam ser identificados para verificar se ela tem um risco acima da média de desenvolver câncer de mama. Um fator de risco é qualquer coisa que afeta o risco de contrair uma doença. Mas tenha em mente que ter fatores de risco que estão ligados a um risco maior não significa que você desenvolverá a doença. Na verdade, a maioria das mulheres que têm um ou mais fatores de risco nunca desenvolverá câncer de mama.
Os fatores de risco para câncer de mama incluem:
Alguns desses fatores podem aumentar o risco mais do que outros.
Avaliando o risco de câncer de mama
Os pesquisadores construíram alguns modelos estatísticos para ajudar a prever o risco de uma mulher contra o câncer de mama.
A ferramenta de avaliação do risco de câncer de mama (modelo de Gail) é uma dessas. Essa ferramenta pode estimar o risco de contrair câncer de mama nos próximos 5 anos e ao longo da vida, com base em muitos dos fatores listados acima.
Entretanto, essa ferramenta tem alguns limites. Por exemplo, só avalia o histórico familiar em parentes próximos (como irmãos, pais e filhos). E não estima o risco se a mulher tem histórico de carcinoma ductal in situ, carcinoma lobular in situ ou se teve câncer de mama ou se a mulher teve uma síndrome de câncer hereditária.
Além disso, os dados sobre os quais essa ferramenta se baseia não inclui mulheres hispânicas/latinas, índias americanas ou nativas do Alasca. Portanto, as estimativas para essas mulheres não são precisas.
Outras ferramentas de avaliação de risco estão baseadas em grande parte no histórico familiar, como o modelo Tyrer-Cuzick e o modelo de Claus.
Essas ferramentas podem fornecer estimativas aproximadas do risco, mas nenhuma ferramenta ou teste pode dizer com certeza se uma mulher desenvolverá o câncer de mama.
Razões para não tomar medicamentos para reduzir o risco de câncer de mama
Todos os medicamentos têm riscos e efeitos colaterais que devem ser discutidos amplamente com o médico ao se optar pela quimioprevenção.
A maioria dos especialistas concorda que o tamoxifeno e o raloxifeno não devem ser usados para reduzir o risco de câncer de mama em mulheres que:
* As mulheres que apresentam maior risco de formação de coágulos sanguíneos incluem aquelas que já tiveram coágulos sanguíneos (trombose venosa profunda ou embolia pulmonar). Também incluem se você já teve um acidente vascular cerebral ou infarto. Se você fuma, é obesa ou tem (ou está sendo tratado) para hipertensão ou diabetes. As mulheres com essas condições devem conversar com seus médicos para verificar se os benefícios da quimioprevenção superam os riscos.
Uma mulher que tenha sido diagnosticada com qualquer tipo de câncer uterino ou hiperplasia atípica do útero (um tipo de pré-câncer) não deve tomar tamoxifeno para reduzir o risco de câncer de mama.
O raloxifeno não foi testado em mulheres na pré-menopausa e só deve ser usado em mulheres que já tiveram a menopausa.
Os inibidores de aromatase não são úteis para mulheres na pré-menopausa, portanto, só devem ser usados em mulheres que já tiveram a menopausa. Esses medicamentos podem provocar osteoporose, por essa razão não são uma opção para pacientes com problemas ósseos.
Você deve conversar com seu médico sobre seu estado de saúde geral para fazer a melhor escolha possível.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 10/09/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
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