Quimioterapia para Osteossarcoma

A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais. Por ser um tratamento sistêmico, a quimioterapia atinge não somente as células cancerígenas como também as células sadias do organismo. De forma geral, a quimioterapia é administrada por via venosa, embora alguns quimioterápicos possam ser administrados por via oral.

A quimioterapia é parte importante do tratamento para a maioria dos pacientes com osteossarcomas. No passado, quando esses cânceres eram tratados apenas com cirurgia, a doença recidivava em outras partes do corpo, onde era difícil de ser controlada. Administrar a quimioterapia junto com a cirurgia diminui o risco da recidiva.

A maioria dos casos de osteossarcoma é tratada com quimioterapia administrada antes da cirurgia (quimioterapia neoadjuvante) e novamente após a cirurgia (quimioterapia adjuvante). Em pacientes com osteossarcoma em um osso do braço ou da perna, isso pode reduzir o tumor, o que pode tornar a cirurgia menos complexa.  

A quimioterapia é administrada em ciclos, com cada período de tratamento seguido por um período de descanso, para permitir que o corpo possa se recuperar. Cada ciclo de quimioterapia dura em geral algumas semanas.

Os principais medicamentos utilizados no tratamento dos osteossarcoma são:

  • Metotrexato.
  • Doxorrubicina.
  • Cisplatina ou carboplatina.
  • Ifosfamida.
  • Ciclofosfamida.
  • Etoposide.
  • Gemcitabina.

Normalmente, os quimioterápicos são administrados em combinações de vários medicamentos quimioterápicos. As combinações mais frequentes são:

  • Metotrexato em altas doses, doxorrubicina e cisplatina (às vezes com ifosfamida).
  • Doxorrubicina e cisplatina.
  • Ifosfamida e etoposide.
  • Ifosfamida, cisplatina e epirubicina.

Efeitos colaterais

Os quimioterápicos não só atacam as células cancerosas, mas também algumas células normais, o que pode levar a efeitos colaterais. Mas outras células do corpo, como as da medula óssea, revestimento da boca, dos intestinos e os folículos pilosos, também se dividem rapidamente. Estas células são também susceptíveis de serem afetadas pela quimioterapia, o que pode levar a efeitos colaterais.

As crianças parecem ter uma vantagem sobre os adultos quando se trata de quimioterapia. Elas tendem a ter menos efeitos colaterais graves e se recuperam mais rapidamente. Devido a isso, os médicos podem administrar doses mais elevadas de quimioterapia para tentar eliminar o tumor.

Os efeitos colaterais dependem do tipo de medicamento, da dose administrada e da duração do tratamento. Os efeitos colaterais frequentes à maioria dos medicamentos quimioterápicos podem incluir:

  • Náuseas e vômitos.
  • Perda de apetite.
  • Diarreia
  • Perda de cabelo,
  • Feridas na boca.
  • Infecção, devido a diminuição dos glóbulos brancos.
  • Hemorragia ou hematomas, devido a diminuição das plaquetas.
  • Fadiga ou falta de ar, devido a diminuição dos glóbulos vermelhos.

A maioria desses efeitos tende a desaparecer após o término do tratamento. Se ocorrerem efeitos colaterais severos, a quimioterapia pode ter que ser reduzida ou suspensa por um período de tempo. Converse com seu médico se tiver qualquer dúvida sobre os efeitos colaterais que você apresentar, para que possam ser imediatamente gerenciados.

Efeitos colaterais de determinados medicamentos. Alguns efeitos colaterais são específicos de determinados medicamentos. Muitos desses efeitos são raros, mas possíveis de acontecerem. Antes de iniciar o tratamento, pergunte ao médico sobre os possíveis efeitos colaterais dos medicamentos que você ou seu filho irão receber e como gerencia-los.

  • Ifosfamida e ciclofosfamida. Podem danificar o revestimento da bexiga, e provocar sangramento urinário. A chance disso acontecer pode ser diminuída administrando o medicamento Mesna durante a quimioterapia, junto com uma grande quantidade de líquidos.
  • Cisplatina e carboplatina. Podem causar neuropatia provocando formigamento ou dor nas mãos e nos pés. Isso muitas vezes desaparece ou melhora quando o tratamento é interrompido, mas pode durar algum tempo em alguns pacientes. Também pode ocorrer problemas renais, que podem ser prevenidos com a ingestão de uma grande quantidade de líquidos antes e após a administração do medicamento.
  • Etoposido. Pode provocar problemas nos nervos. Também pode aumentar o risco de desenvolver leucemia mieloide aguda (LMA), mas é raro.
  • Metotrexato. Altas doses de metotrexato podem danificar a substância branca do cérebro (leucoencefalopatia), fígado ou rins. Os níveis sanguíneos de metotrexato podem ser acompanhados para verificar a quantidade de leucovorina que deve ser administrada para limitar qualquer dano aos tecidos normais.
  • Doxorrubicina e epirrubicina. Podem provocar danos cardíacos ao longo do tempo. Esse risco aumenta quando a quantidade total do medicamento administrada aumenta, então os médicos procuram limitar a dose total.

Alguns medicamentos quimioterápicos podem provocar infertilidade. Converse com o médico sobre os riscos de infertilidade com o tratamento e pergunte se existem opções para preservar a fertilidade.

Durante o tratamento serão solicitados alguns exames laboratoriais para avaliar o funcionamento do fígado, rins e medula óssea, como exame de sangue completo e bioquímica sanguínea. Podem também ser solicitados audiograma, para verificar a audição, e ecocardiograma, para verificar o funcionamento do coração.

Outros medicamentos

Se os medicamentos quimioterápicos não responderem ao tratamento, outros tipos de terapias podem ser uma opção em algumas situações, como:

  • Terapia-alvo

Atualmente, os médicos estão avaliando novos medicamentos que têm como alvo partes específicas das células tumorais para o tratamento do osteossarcoma. A terapia-alvo consiste justamente nesse tratamento, que ataca especificamente essas moléculas, que sabidamente estão envolvidas no crescimento e disseminação das células cancerígenas.

Por exemplo, o regorafenibe, sorafenibe e cabozantinibe são medicamentos que afetam a capacidade do tumor de desenvolver novos vasos sanguíneos necessários para seu crescimento. Esses medicamentos mostraram-se eficazes para pacientes com osteossarcoma em estudos preliminares. Esses medicamentos estão em uso no tratamento de outros tipos de câncer e podem ser uma opção se os quimioterápicos convencionais pararem de responder.

Os efeitos colaterais frequentes desses medicamentos incluem fadiga, perda de apetite, síndrome mão-pé, hipertensão, perda de peso, diarreia e dor abdominal. Os efeitos colaterais menos frequentes incluem problemas cardíacos, sangramento, resultados anormais de exames de tireoide e perfurações estomacais ou intestinais.

  • Radiofármacos

Os medicamentos que incluem um elemento radioativo podem ser úteis em pacientes com osteossarcoma avançado. Esses medicamentos são injetados no sangue e quando atingem os ossos liberam pequenas quantidades de radiação, desacelerando o crescimento do tumor e tratando sintomas como a dor.

Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Quimioterapia.

Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.

Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 08/10/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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