Quimioterapia para Doença Trofoblástica Gestacional

A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais. Por ser um tratamento sistêmico, a quimioterapia atinge não somente as células cancerígenas senão também as células sadias do organismo. De forma geral, a quimioterapia é administrada por via venosa, embora alguns quimioterápicos possam ser administrados por via oral.

A doença trofoblástica gestacional é um dos poucos tipos de câncer que quase sempre podem ser curados por químio independente do estadiamento. O melhor indicador de que medicamento utilizar é a pontuação prognóstica.

Os medicamentos que podem ser utilizados para tratar a doença trofoblástica gestacional incluem:

  • Metotrexato.
  • Actinomicina-D.
  • Ciclofosfamida.
  • Clorambucil.
  • Vincristina.
  • Etoposide
  • Cisplatina
  • Ifosfamida.
  • Bleomicina.
  • Fluorouracil.
  • Paclitaxel.

Para reduzir o risco de efeitos colaterais, os médicos tentam administrar o menor número de fármacos em doses baixas  e que ainda será eficaz no tratamento da doença. Como regra geral, as mulheres do grupo de baixo risco, que necessitam de químio recebem um único medicamento quimioterápico. As mulheres que se enquadram no grupo de alto risco geralmente recebem combinações de medicamentos, em doses mais elevadas.

Tratamento com um Medicamento

  • Metotrexato. A quimioterapia com metotrexato pode ser utilizada na maioria das mulheres com doença de baixo risco. O metotrexato pode ser administrado por via venosa ou intramuscular, diariamente, durante 5 dias. Isto pode ser repetido mais uma vez, após um período de repouso baseado no nível da GCH. Outra maneira de administrar o metotrexato é oferecendo uma maior dose uma vez por semana. Mesmo assim, o tratamento deve continuar enquanto for necessário, com base no nível da GCH. Outra opção é administrar metotrexato junto com ácido fólico (leucovorina). A leucovorina não é um medicamento quimioterápico, mas um tipo de vitamina relacionada com o ácido fólico, que reduz os efeitos tóxicos do metotrexato. Neste tipo de tratamento, o metotrexato é administrado nos dias ímpares e a leucovorina nos dias pares. Cada ciclo tem 8 dias de tratamento com medicamento seguido por um período de descanso. Em todos os casos, o metotrexato é administrado em ciclos que se repetem até que os níveis sanguíneos da GCH permanecem normais durante algumas semanas. As vitaminas como o ácido fólico podem diminuir a eficácia do metotrexato, portanto, não devem ser administrados com este medicamento, a menos que prescrito pelo seu médico.

  • Actinomicina-D. Outra opção é administrar a actinomicina-D, em vez do metotrexato. A actinomicina-D pode ser especialmente útil em pacientes com problemas de fígado, por ser menos tóxica para o fígado do que o metotrexato. A actinomicina-D é administrada via intravenosa, diariamente, durante 5 dias, seguido de períodos de descanso. Também é dada como dose única maior uma vez a cada 2 semanas, que parece ter menos efeitos colaterais e ainda assim resultados eficazes. De qualquer maneira, os ciclos são repetidos até que os níveis da GCH se mantenham normais por várias semanas.

  • Etoposido. É administrado por via intravenosa diariamente, por 3 a 5 dias, seguido de vários dias de tratamento. É usado com menos frequência que a actinomicina ou o metotrexato.

Combinações de Medicamentos


Algumas das combinações mais frequentemente utilizadas incluem:

  • MAC: Metotrexato/leucovorina, actinomicina-D e ciclofosfamida ou clorambucil,
  • EMA-CO: Etoposido, metotrexato/leucovorina e actinomicina-D, seguido de uma semana de ciclofosfamida e vincristina.
  • EMA-PE: Etoposido, metotrexato/leucovorina e actinomicina-D, seguida de uma semana de etoposide e cisplatina.
  • VBP: vinblastina, bleomicina e cisplatina.
  • BEP: Bleomicina, etoposido, cisplatina.

Possíveis Efeitos Colaterais


Os medicamentos quimioterápicos atacam as células que se dividem rapidamente, razão pela qual agem sobre as células cancerígenas. Mas outras células no corpo, como as da medula óssea, revestimento da boca e dos intestinos e os folículos pilosos, também se dividem rapidamente, e são susceptíveis de serem afetadas pela quimioterapia, o que pode conduzir a efeitos colaterais.

Os efeitos colaterais da quimioterapia dependem do tipo de medicamento, da dose administrada e do tempo de tratamento. Os efeitos colaterais mais comuns incluem:

  • Perda de cabelo.
  • Feridas na boca.
  • Perda de apetite.
  • Náuseas e vômitos.
  • Diminuição da taxas sanguíneas.
  • Infecções, devido a diminuição dos glóbulos brancos.
  • Hematomas e hemorragias, devidos a diminuição das plaquetas.
  • Fadiga, devido a diminuição dos glóbulos vermelhos.

A maioria dos efeitos colaterais é temporária e cessam após o término do tratamento. Mas os medicamentos quimioterápicos podem causar alguns efeitos de longa duração ou mesmo de forma permanente. Converse com seu médico sobre as medicações que serão utilizadas e os possíveis efeitos que você possa ter.

Além dos efeitos mencionados, alguns efeitos colaterais são específicos de determinados medicamentos:

  • Metotrexato. Os efeitos colaterais comuns do metotrexato são diarreia e feridas na boca. Este medicamento também pode causar lesão hepática, conjuntivite, dor no peito ou no abdome, irritação na região genital ou erupções cutâneas, e lesões pulmonares.

  • Actinomicina-D. Pode causar náuseas e vômitos bastante severos, que podem ser evitados por meio de medicamentos administrados antes de quimioterapia. O tratamento com actinomicina-D ou uma combinação é mais susceptível de resultar na perda de cabelo. A capacidade da medula óssea em produzir células sanguíneas pode ser afetada, o que pode diminuir por sua vez a capacidade do sistema imunológico em combater infecções.

  • Bleomicina. Pode causar problemas pulmonares. Estes ocorrem com mais frequência em pacientes que fumam.

  • Ciclofosfamida e Ifosfamida. Podem causar náusea e perda de cabelo. Eles podem também causar irritação da bexiga e raramente causam problemas pulmonares importantes.

  • Etoposido e Cisplatina. Em casos raros, o tratamento com etoposido tem sido associado ao desenvolvimento de leucemia vários anos mais tarde. A cisplatina também foi ligada a leucemia, embora menos frequentemente do que ocorre com o etoposido. Mas, os médicos ainda consideram o uso desses medicamentos importantes, pois seu benefício na cura do câncer supera o pequeno risco de leucemia.

  • Vincristina e Cisplatina. Podem danificar os nervos (provocando neuropatia). Os pacientes podem notar formigamento e dormência, principalmente nas mãos e pés. A cisplatina também pode causar perda de audição e problemas renais. Estes efeitos colaterais podem persistir após a interrupção do tratamento.

Entretanto, quaisquer efeitos colaterais ou alterações que você observar durante a quimioterapia informe seu médico, para que possam ser tratados prontamente. Em alguns casos, as doses dos medicamentos quimioterápicos podem ser reduzidas ou o tratamento ser adiado ou interrompido para evitar o agravamento dos efeitos colaterais.

Fonte: American Cancer Society (09/02/2016)
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