Tratamento do retinoblastoma baseado na extensão da doença

Uma série de fatores pode afetar as opções de tratamento de uma criança, como:

  • O tamanho e a localização do tumor no olho.
  • Se o tumor está em um ou em ambos os olhos.
  • A possibilidade de preservar a visão.
  • Se o tumor ainda está confinado ao olho ou se está disseminado.

Muitos desses fatores são levados em consideração como parte do estadiamento do câncer. Converse com o médico do seu filho e pergunte quais os tratamentos são recomendados e por quê.

Se o olho pode ver e, provavelmente, pode ser salvo

Para alguns tumores pequenos, os tratamentos locais, como laserterapia ou crioterapia, podem ser o único tratamento necessário.

Mais frequentemente, os tumores são maiores ou em áreas difíceis de tratar. Geralmente, o tratamento inclui uma combinação de quimioterapia e tratamentos focais.

Se a quimioterapia sistêmica é realizada, é administrada por cerca de seis meses para diminuir o tumor, tanto quanto possível. Recentemente, alguns médicos começaram a administrar a quimioterapia intra-arterial em vez da sistêmica. Se a doença está disseminada no olho, pode também ser administrada a quimioterapia intravítrea.

Dependendo da quantidade de tumores e sua localização no olho, diferentes tipos de tratamentos focais são realizados, começando geralmente após o primeiro ou segundo ciclo de quimioterapia. Esses tratamentos podem incluir a braquiterapia, crioterapia ou terapia a laser (fotocoagulação ou termoterapia). A radioterapia externa pode também ser necessária, mas é normalmente realizada após o término da quimioterapia.

Se a combinação desses tratamentos não controlar a doença, pode ser necessária a cirurgia para retirada do olho.

Se o olho não pode ver ou não pode ser salvo

Se já houve a perda da visão ou a doença está avançada, de modo que não existe qualquer esperança de cura por outros meios, ou se o glaucoma provoca muita dor, é realizada a cirurgia para retirada do olho e colocação de um implante orbital.

Se a doença afeta apenas um olho, nenhum outro tratamento será necessário. Mas, às vezes, após a análise do olho removido, o patologista pode concluir que existem células remanescentes do retinoblastoma e, assim, podem recidivar mais tarde em outras partes do corpo. Essas crianças podem ser tratadas com quimioterapia e, possivelmente, com radioterapia para reduzir o risco da recidiva.

Em casos de tumores grandes em ambos os olhos, a quimioterapia pode ser administrada como primeiro tratamento para diminuir o tamanho dos tumores e evitar a necessidade de cirurgia em ambos os olhos. Se for possível a redução do câncer com quimioterapia, o uso de terapias locais, como braquiterapia, crioterapia ou terapia a laser (fotocoagulação ou termoterapia) podem permitir que pelo menos um olho seja salvo.

Algumas crianças com retinoblastoma em um olho podem, realmente, ter a forma de retinoblastoma hereditário, o que significa que provavelmente desenvolverão a doença no outro olho. Portanto, é importante que as crianças com retinoblastoma em um olho continuem sendo acompanhadas regularmente para avaliação do outro olho após o tratamento.

Se a doença se disseminou para fora do olho

Nessa situação rara, o tratamento é geralmente uma combinação de quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, cirurgia.

Se a doença se disseminou apenas para a órbita, o tratamento com quimioterapia, cirurgia e radioterapia é muitas vezes bem sucedido.

Se a doença se disseminou para outros órgãos, como fígado, ossos ou medula óssea, as chances de cura com quimioterapia e outros tratamentos são baixas. Nesses casos, o uso de doses mais elevadas de quimioterapia seguida de um transplante de células tronco pode ser bem sucedido.

Os tumores que se disseminaram para o cérebro são mais difíceis de serem tratados. Altas doses de quimioterapia e transplante de células tronco têm mostrado resultados promissores para esses tipos de câncer. Os protocolos clínicos usando outros tratamentos mais recentes podem ser outra opção de tratamento.

Se a doença recidivou localmente após o tratamento inicial

O tratamento de uma recidiva depende do tamanho e da localização do tumor e dos tratamentos já realizados.

Se o tumor é pequeno, o olho da criança pode ser preservado e o tumor pode ser destruído com tratamentos locais, como crioterapia, terapia a laser, radioterapia ou outros tratamentos. A quimioterapia pode ser administrada inicialmente para reduzir o tamanho do tumor e ajudar na eficácia de outros tratamentos.

Se a visão da criança não pode ser salva, o olho pode precisar ser retirado.

De qualquer maneira, a possibilidade de cura é grande enquanto o tumor está ainda limitado ao olho.

Se a doença recidivou fora do olho após o tratamento inicial

As recidivas fora do olho são mais difíceis de serem tratadas. As opções podem incluir quimioterapia e radioterapia ou quimioterapia de alta dose com transplante de medula óssea em alguns casos. O tratamento e as possibilidades de cura são semelhantes à situação anterior.

Em resumo

Se o tumor estiver em apenas um olho e o potencial de preservação da visão é alto, os tratamentos focais, junto com quimioterapia, podem ser utilizados. Caso contrário, o olho provavelmente será removido. Se o tumor está em ambos os olhos, os médicos tentarão salvar o máximo possível da visão. O tratamento geralmente começa com a quimioterapia, seguido de tratamentos focais. Se o câncer se espalhou para fora do olho, o tratamento geralmente é uma combinação de quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, cirurgia.

Em qualquer caso, as crianças que tiveram retinoblastoma devem ser acompanhadas de perto durante alguns anos após o término do tratamento.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 03/12/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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