O tratamento da leucemia promielocítica aguda (LPA), subtipo M3 da leucemia mieloide aguda difere do tratamento usual da LMA. A leucemia geralmente responde bem a este tratamento. O tratamento da maioria das crianças com LPA está dividido em três fases de quimioterapia:
Muitas crianças com APL têm problemas de coagulação de sangue no momento do diagnóstico, o que pode causar sérios problemas durante o tratamento inicial. Em função disso, as crianças com LPA devem ser tratadas cuidadosamente e recebem frequentemente um anticoagulante como prevenção.
Junto com a quimioterapia, essas crianças recebem também ácido retinóico (vitamina A). A remissão muitas vezes pode ser induzida com o ácido retinóico isoladamente, mas sua combinação com quimioterapia, geralmente com daunorrubicina e citarabina, proporciona um melhor resultado a longo prazo. A LPA raramente se dissemina para o cérebro ou medula espinhal medula, dessa forma a quimioterapia intratecal não é geralmente necessária.
Junto com os possíveis efeitos colaterais dos medicamentos quimioterápicos, a vitamina A pode causar a chamada síndrome de ácido retinóico. Isso pode incluir problemas respiratórios com acúmulo de líquido nos pulmões, diminuição da pressão arterial, danos renais e acúmulo de líquidos em outras partes do corpo. Muitas vezes isso pode ser tratado com a interrupção da medicação durante algum tempo e administração de um esteroide.
A consolidação é normalmente similar à indução, com ácido retinóico e quimioterapia. Em função do sucesso desse tratamento, o transplante de medula óssea não é geralmente indicado, desde que a leucemia permaneça em remissão.
As crianças com LPA podem fazer a manutenção com ácido retinóico por cerca de um ano.
Recidiva
Se a leucemia recidivar após o tratamento, na maioria dos casos pode ser tentada uma segunda remissão. O trióxido de arsênico é um medicamento eficaz neste momento, embora às vezes possa causar problemas em cardíacos. As crianças tratadas com esse medicamento devem ter seus níveis de eletrólitos no sangue acompanhados com certa frequência. O ácido retinóico e a quimioterapia podem ser outra opção de tratamento. O transplante de células estaminais pode ser considerado, se a segunda remissão for alcançada.
Fonte:
American Cancer Society (03/02/2016)