A cirurgia é parte do tratamento para diversos estágios do câncer de estômago, sempre que puder ser realizada. Se um paciente se encontra em estágio 0, I, II ou III e com condições físicas suficientes, a cirurgia, muitas vezes, junto com outros tratamentos, oferece a única chance real de cura.
A cirurgia pode ser realizada para retirar o tumor e parte ou a totalidade do estômago e alguns linfonodos próximos, dependendo do tipo e estadiamento da doença. O cirurgião tentará preservar o máximo possível do estômago sem doença. Algumas vezes outros órgãos também precisam ser retirados.
Mesmo quando o câncer está em estágio avançado para ser completamente removido, a cirurgia é indicada pois previne, por exemplo, hemorragias do tumor ou a obstrução do estômago pelo crescimento do tumor. Este tipo de cirurgia é chamado de cirurgia paliativa, isto é, alivia os sintomas, mas não se espera que cure a doença.
O tipo de cirurgia geralmente depende da parte do estômago envolvida e do comprometimento dos tecidos adjacentes. Diferentes tipos de cirurgia podem ser usados para tratar o câncer de estômago, como:
Sonda de alimentação
Alguns pacientes têm dificuldade para alimentar-se após a cirurgia do estômago. Muitas vezes, a continuidade do tratamento com quimioterapia e radioterapia pode agravar esse problema. Para ajudar, uma sonda pode ser colocada no intestino através da parede abdominal no momento da gastrectomia. A extremidade desta sonda, denominada sonda de jejunostomia ou sonda J, permanece do lado de fora da pele do abdome. Dessa forma, a nutrição líquida pode ser administrada diretamente no intestino para prevenir e tratar a desnutrição.
Retirada dos linfonodos
Em qualquer tipo de gastrectomia total ou subtotal, os linfonodos próximos são removidos. A remoção dos linfonodos é uma parte muito importante da cirurgia. Muitos médicos consideram que o sucesso da cirurgia está diretamente relacionado à forma como os linfonodos são removidos.
Cirurgia paliativa para tumores irressecáveis
Para pacientes com câncer de estômago inoperáveis, a cirurgia pode ser realizada para controlar a doença e prevenir ou aliviar os sintomas ou outras possíveis complicações:
Possíveis complicações e efeitos colaterais
A cirurgia para câncer de estômago é delicada e podem ocorrer complicações, como sangramento cirúrgico, coágulos sanguíneos e lesões aos órgãos próximos, durante o procedimento. Raramente, as novas ligações efetuadas entre as extremidades do estômago ou do esôfago e o intestino delgado podem vazar.
Você não poderá comer ou beber nada por alguns dias após a gastrectomia total ou subtotal, para dar tempo ao trato digestivo de se restabelecer. Também para o médico se certificar de que não existe vazamentos decorrentes da cirurgia.
Após a recuperação da cirurgia alguns efeitos colaterais podem surgir, como náuseas, azia, dor abdominal e diarreia, especialmente após as refeições. Esses efeitos colaterais resultam do fato de que uma vez que parte ou totalidade do estômago é removida, o alimento entra no intestino muito rapidamente após a ingestão. Esses efeitos colaterais, melhoram com o tempo, mas em alguns pacientes podem perdurar por um longo período. Seu médico pode prescrever medicamentos para aliviar os sintomas desses efeitos colaterais.
Muitas vezes, é necessário fazer alterações na dieta do paciente após a gastrectomia parcial ou total. Mas, a maior mudança é que o paciente terá que fazer refeições menores e mais frequentes. A quantidade de estômago removida afetará o quanto será necessário alterar os hábitos alimentares.
O estômago ajuda o organismo a absorver algumas vitaminas, então se partes do estômago foram removidas, o médico prescreverá suplementos vitamínicos.
Antes da cirurgia, pergunte ao cirurgião quanto do estômago ele tem a intenção de remover. Alguns cirurgiões tentam preservar o máximo possível do estômago para permitir aos pacientes uma alimentação o mais normal possível. A desvantagem é que existe mais chances de uma recidiva da doença.
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Cirurgia Oncológica.
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 15/12/2017, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
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