A terapia alvo é um tipo de tratamento que usa drogas ou outras substâncias para identificar e atacar especificamente às células cancerígenas, provocando pouco dano às células normais. Esses medicamentos podem ser eficazes no tratamento dos cânceres de estômago, principalmente quando estes não respondem aos quimioterápicos convencionais.
Trastuzumabe
Cerca de 20% dos pacientes com câncer de estômago têm uma proteína de promoção do crescimento chamada HER2 na superfície das células cancerígenas. Os tumores com níveis aumentados de HER2 são denominados HER2 positivos.
O trastuzumabe é um anticorpo monoclonal, uma versão artificial de uma proteína muito específica do sistema imunológico, que tem como alvo a proteína HER2. Em pacientes com tumores de cânceres HER2 positivo, a administração de trastuzumabe associado à quimioterapia pode ajudar nos casos de doença avançada.
Este medicamento só age se as células cancerígenas tiverem muito HER2, por essa razão as amostras do tumor devem ser analisadas para sua presença antes de iniciar o tratamento. O trastuzumabe não é administrado em pacientes HER2 negativos.
O trastuzumabe é administrado por via intravenosa a cada 2 ou 3 semanas junto com a quimioterapia. O melhor intervalo de tempo ainda está em estudo.
Os efeitos colaterais do trastuzumabe podem incluir febre, calafrios, fraqueza, náuseas, vômitos, tosse, diarreia e dor de cabeça. Esses efeitos ocorrem com menos frequência após a primeira dose. Este medicamento raramente provoca problemas cardíacos. O risco de um dano cardíaco é aumentado se o trastuzumabe é administrado com determinados medicamentos quimioterápicos denominados antraciclinas, como a epirrubicina ou doxorrubicina.
Ramucirumabe
Para que os cânceres cresçam e se disseminem, precisam criar novos vasos sanguíneos para que os tumores obtenham sangue e nutrientes. Uma das proteínas que indica ao corpo para produzir mais vasos sanguíneos é a VEGF. O ramucirumabe é um anticorpo monoclonal que se liga a um receptor VEGF, impedindo a formação de mais vasos sanguíneos. Isso pode ajudar a retardar ou bloquear o crescimento e a disseminação da doença.
Na maioria das vezes, o ramucirumabe é usado no tratamento do câncer de estômago avançado depois que outro medicamento deixou de responder.
O ramucirumabe é administrado por via intravenosa, a cada 2 semanas.
Os efeitos colaterais mais frequentes do ramucirumabe são hipertensão arterial, dor de cabeça e diarreia. Os efeitos colaterais raros, mas possivelmente severos incluem formação de coágulos sanguíneos, hemorragias, perfuração gástrica ou intestinal e problemas de cicatrização. Se o estômago ou o intestino sofrem perfuração, isso pode levar a uma infecção grave e ser necessária uma cirurgia para corrigir o problema.
Outras terapias alvo
Outros medicamentos alvo estão sendo estudados contra o câncer de estômago. Alguns deles também têm como alvo a proteína HER2, enquanto outros têm alvos diferentes.
Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 15/12/2017, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
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